O macaco bêbedo foi à ópera: da embriaguez à civilização

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Fundação Francisco Manuel dos Santos, 01/05/2019 - 80 páginas
No início... houve um macaco espertalhão que desceu da árvore para comer frutos caídos no chão, mais maduros, logo, mais doces, logo, mais fermentados, isto é, com um leve cheirinho a álcool. Outros macacos se lhe seguiram e, com o aumento das calorias consumidas, foi um passo até que lhes crescesse o cérebro, a coluna se endireitasse e as mãos se libertassem. Mais um passo... e estávamos a ir à ópera. A teoria que coloca o álcool na origem da evolução humana justifica a nossa insaciabilidade milenar. É dela que parte o escritor Afonso Cruz para este retrato inusitado da civilização acumuladora, gananciosa e um tanto louca na qual desembocámos. Do macaco original à criação da cerveja, que impulsionou a sedentarização e cativou Jesus Cristo, assistimos ao desenrolar das consequências do consumo de álcool. Da embriaguez à civilização, a nossa história nunca foi contada assim.

Acerca do autor (2019)

Afonso Cruz nasceu em 1971, na Figueira da Foz. Os seus livros estão traduzidos em vários países e receberam vários prémios, entre eles, o Prémio da União Europeia para a Literatura, o Prémio Fernando Namora, o Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil e o Prémio Nacional de Ilustração. Além da escrita, dedica-se também à ilustração, à música e à fotografia.

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