À Sombra da Casa Azul: Breve Itinerário de VidaINDEX ebooks, 09/03/2015 - 72 páginas Quando vi Paulo pela primeira vez, na sua torre de marfim da rua Barão de São Borja, eu soube que seríamos amigos. Ele era a ousadia e a cultura refinada que esta cidade não assimilou, um dandy dos trópicos, o Gay Sunshine de uma Mauristaadt sodomita nos becos e repressora nas casas de família. As lembranças que aqui são contadas não abarcam todas as ricas experiências de uma vida errante, algo de playboy e cigano irresponsável. Mas uma vida cheia de charme, of course. Tampouco traça um panorama linear do que foi a arte pernambucana nos anos 70 e 80 — anos em que Paulo, no Diário de Pernambuco, comentou, divulgou e ajudou artistas locais e de outros estados. À Sombra da Casa Azul surge como flashes, desabafo, o explícito de um sexo para sempre condenado ao profano. Como amigo, pude vivenciar momentos difíceis de Paulo. Como admirador de sua personalidade e de sua poesia, pude, muitas vezes, sentir orgulho de poder estar perto de alguém tão sensível e culto. Por isso, é para mim difícil dar esse modesto depoimento sobre um conjunto que está entrelaçado num mesmo leitmotiv: vida-obra-dor-esperança. À Sombra da Casa Azul, para nós que conhecemos intimamente a história de Paulo Azevedo Chaves, faz com que nos envergonhemos de participar de uma sociedade que pode guilhotinar talentos e promover embustes com a mesma desenvoltura de um Tartufo ou Paingloss. - Raimundo de Moraes |
Outras edições - Ver tudo
Palavras e frases frequentes
acho Agatha Christie amigo amizade amor Ana Lucia André Gide apartamento Arte Artes e Artistas artistas locais atividades avô Azevedo Chaves Azul belo bissexual bonito bujão cama Catende cenário certa chamada chique cidade colega coluna comigo conheci Copacabana costumava crack década de 70 deixando Diário de Pernambuco Edmée éramos escreveu escritores estudar família famoso feliz Figura filho francês frequentemente gays Gilberto gosto hoje homossexuais ilustrações infância inglês irmã Ana Jaboatão dos Guararapes jardim João Máximo jornal jovem Leila Míccolis Lembrome literária livro Lucila Nogueira Luiz mãe Marco Aurélio meio morava morreu morte música namorada Nancy Naquela época Nelsinho noite Nova Iorque ótimo passar uma temporada pensão pessoas poema poesia poetas Poliedro praia prédio quarto queria Raimundo de Moraes rapaz Recife relação Réquiem para Rodrigo Ritos da Perversão sexo sexual Shakespeare sobretudo Tennessee Williams Terêza Tenório tesão tinha título tive traduções transar vivem William Blake William Shakespeare