Obras de Luiz de Camões: Vida de Luiz de Camões. Elogios dedicados a L. de Camões, por alguns escriptores. Traducc̜ões dos Lusiadas e outras obras de Camões e relac̜ão dos auctores estrangeiros que escreveram sobre o poeta. Escriptores portuguezes. Artistas. Monumentos a Camões. Edic̜ões

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Imprensa nacional, 1860
 

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Passagens conhecidas

Página 168 - imprimira outro si no principio da dita obra, o qual ey por bem que valha e tenha força e vigor, como se fosse Carta feita em meu nome por mim assignada e passada por minha chancelaria, sem embargo da Ordenação do segundo livro tit. xx que diz que as cousas cujo
Página 100 - E ainda, nymphas minhas, não bastava Que tamanhas misérias me cercassem; Senão que aquelles que eu cantando andava, Tal prémio de meus versos me tornassem: A troco dos descanços que esperava, Das capellas de louro que me honrassem,' Trabalhos nunca usados me inventaram, Com que em tão duro
Página 91 - e para a vida Faltar-me quanto o mundo tem para ella! Em fim não houve trance de fortuna, Nem perigos, nem casos duvidosos, (Injustiças daquelles que o confuso Regimento do inundo, antigo abuso, Faz sobre os outros homens poderosos) Que eu não passasse atado á liei coluna Do sofrimento meu, que a importuna Perseguição de
Página 99 - Qual Canace, que á morte se condena, N'uma mão sempre a espada, e n'outra a pena. Agora com pobreza aborrecida, Por hospícios alheios degradado; Agora da esperança já adquirida, De novo mais que nunca derribado: Agora ás costas escapando a vida, Que de hum fio pendia tão delgado, Que não menos milagre foi salvar-se, Que para o Re.y Judaico
Página 142 - infinita, Se terras e riquezas mais desejas? Não he elle por armas esforçado Se queres por victorias ser louvado? Deixas criar ás portas o inimigo, Por ires buscar outro de tão longe Por quem se despovoe o reino antigo, Se enfraqueça, e se
Página 76 - datada do armo de 1559, e dirigida pelo padre Balthasar Gago aos irmãos do Collegio de Goa, achámos por noticia que a nau se perdeu. A este naufrágio allude o Poeta na est. cxxvm do Canto x. Este receberá plácido e brando No seu regaço o Canto que molhado Vem do naufrágio triste e miserando Dos
Página 146 - ventre produzido? Não vedes a divina sepultura Possuída de cães, que sempre unidos Vos vem tomar a vossa antiga terra, Fazendo-se famosos pela guerra? • Vedes que tem por uso, e por decreto, Do qual são tão inteiros observantes, ' Ajuntarem o exercito inquieto, Contra os povos que são de
Página 65 - tanto das scenas marítimas como terrestres, descreve este seu cruzeiro passado em sitio tão pouco favorecido da natureza: Junto de hum secco, duro, estéril monte, Inútil, e despido, calvo, e informe, Da natureza em tudo aborrecido, Onde nem ave voa, ou fera dorme, Nem corre claro rio, ou ferve fonte, Nem verde ramo faz doce ruido; Cujo nome do vulgo introduzido He
Página 79 - mocidade. Não cuide a gente futura. Que será obra da idade O que he força da ventura. Que idade, tempo e espanto. De ver quão ligeiro passe, Nunca em mi poderam tanto. Que, posto que deixo o canto, A causa delle deixasse. Na redondilha que se segue,
Página 112 - faz n'esta estancia (LXXXII do Canto x.) Aqui só verdadeiros gloriosos Divos estão; porque eu Saturno, e Jano. Júpiter, Juno, fomos fabulosos, Fingidos de mortal, e cego engano: Só para fazer versos deleitosos Servimos; e se mais o trato humano Nos

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