Poesias de Antonio Diniz da Cruz e Silva: Poesias liricas

Capa
Typografia Lacerdina, 1812
 

Passagens conhecidas

Página 128 - ... noite Triste espalhou. Do alvo regaço Entre esplendores, Fragrantes flores Lança em chuveiros O ebúrneo braço: E os passarinhos Com doces cantos Pelos raminhos Estão saudando Seu resplendor. Neste almo dia Aglaia bela, Que avara estrela Desta ribeira Há tanto havia Cruel roubado; Cos olhos belos O verde prado, Floridos montes, Torna a alegrar. Colhei Amores Mirtos e rosas: Colhei formosas Ninfas do Tejo Conchas e flores: Ricas capelas Ledas tecendo, Vinde com elas As tranças de ouro, Vinde...
Página 214 - ... de vós se enterneça? Mas que brilhante luz, qual a da Aurora Na fresca madrugada lá do Oriente Pouco a pouco apparece. Os Ceos! Oh nunca vista maravilha! Uma pura mulher toda vestida Do sol brilhante, De lucidas estrellas coroada, Pisando a branca lua, é quem espalha A luz pura, e formosa; Já com seus raios o ar se purifica, E como com o sol a densa nevoa, Se desfaz o contagio. Oh! Que formosos passos que vem dando! Toda cheia de graça!
Página 118 - C' o rumor , que ao passar faço : Ergue o rosto , e ao ver que eu era, Quem buscando Da fontinha o cristal brando , Sua doce paz lhe altera ; Toma o arco , que deitado Entre a relva tinha ao lado.
Página 140 - Torna Abril ; ea terra toda De alegria Se enche em roda. Só eu fico em agonia ; Pois sem ver , gentil Neéra , Teu semblante , Deliro , Nasce em vão a primavera.
Página 118 - Fatigado as bravas feras , fluma fonte , Que toldavão verdes heras , E bordava o fresco prado De junquilhos , De violas e tomilhos , A buscar baixo appressado , Por matar a sede ardente Em a frigida corrente. Quando Amor , que repousava De Nigella no regaço , Despertava C...
Página 279 - III Oh! e que airosos passos vem formando Toda de graça cheia ! Ao vel-a o monstro horrendo As salpicadas conchas erriçando, De que espantoso o negro corpo arreia, Tinge de sangue os olhos, e batendo Com...
Página 234 - Ciihara de Alceo armonica ^ O plectro altisono não rende prodigo A' virtude falsa tributo : Solida gloria he só quem o move. Tu Castro celebre , dás a seus numeros Assumpto esplendido: o profundo pélago Surca ufana de teus louvores , Sem as Syrtes temer da lisonja.
Página 142 - De seu sangue as varias flores . .Rodeada dos Amores i Ou o rio cristalino , Onde banha ! -' . O seu rosto peregrino , Quando desce da montanha , N'o calor da sesta ardente , . A buscar sua corrente...
Página 280 - ... Em vão aspiras, Serpe cruel, que cheia d'alta gloria A Mulher forte Firme resiste, Qual o guerreiro exercito ordenado. Ah ! já deixas o campo ensanguentado, Já foges, já te segue, ea sublime Na indomita cerviz planta te imprime. ESTROPHE IV Valerosa Mulher, tu só soubeste Domar a horrivel furia Da medonha serpente. Entre as filhas de Adão tu só podeste De teu sexo vingar a grande injuria. Mas que formoso, que esquadrão luzente As nuvens rompe, e em torno a cerca e c'roa?
Página 157 - Essa linda borboleta De cem cores esmaltada, Que em mil giros inquieta D'estas rosas namorada, Ora as cerca, ora bafeja Ora as pica, morde, ou beija. He um vivo emblema claro Do que sinto, amado emprego: Sim, oh Clori, eu t 'o declaro: Borboleta sem socego He meu terno coração; Os teus labios rosas são.

Informação bibliográfica