Sá de Miranda e a sua obra

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J. Bastos, 1895 - 88 páginas
 

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Passagens conhecidas

Página 35 - Que tenção todos tomastes A' terra que me criou De que tanto praguejastes ? Por que ? Que vos acoutou Da peste com que i chegastes. Fostes mal agasalhados ? Não, certo, que té as fazendas Vos davão parvos honrados. Pois, por que ? Porque os privados Tínheis longe vossas rendas ? O que eu por parcialidade Nem outros respeitos digo : Da antiga e nobre cidade Som natural, som amigo, Som porem mais da verdade.
Página 80 - Não espera?, não temes, não te espantas; Sempre em bom ocio, sempre em sãos cuidados, A ti só vives lá, ea ti só cantas. Os olhos soltos pelos verdes prados, O pensamento livre, e nos céos posto, Seguros passos dás c bem contados.
Página 13 - Os momos, os serões de Portugal tão falados no mundo, onde são idos e as graças temperadas do seu sal...
Página 82 - Aquele espirito que do mar irado d' esta vida mortal posto em seguro, da gloria que la tem de herdade e juro cá nos deixou o caminho abalisado. ••• Alma aqui vinda nesta nossa idade de ferro que tornaste a antiga de ouro em quanto cá regeste a humanidade, em chegando ajuntaste tal tesouro que para sempre dure ! Ah vaidade ! Ricas areas d' este Tejo e Douro ! FRANCISCO DE MORAES c.
Página 66 - D'urzes e tojos cuberto, Sendo tudo tão incerto E tão certa só a morte? Vive, amigo, a teu sabor, Mais é que cousa perdida, Quem por si toma o peor, Vae-te commigo onde eu for, Lá verás que cousa é vida.
Página 63 - K logo, ó sair da casa, Mais verde que um perrexil Cuidei que matava a brasa De galante e de gentil.
Página 50 - Á vossa fonte tam fria Da Barroca em julho e agost* (Inda me é presente o gosto) Quam bem que nos i sabia Quanto na mesa era posto ! Ali não mordia a graça, Erão iguais os juizes, Não vinha nada da praça.
Página 32 - Fez nos a ousada avareza Vencer o vento eo mar, Vencer caje a natureza. Medo hei de novo a riqueza Que nos torne a cativar.
Página 51 - Dês i, o gosto chamando A outros mores sabores, Liamos pelos amores Do bravo e furioso Orlando, E da Arcádia os bons pastores. Se eu isto estimado agora Vira como d'antes era, Por meu conto avante fora, Mas nJo diz ora com ora...
Página 57 - Miranda: Que eu vejo nos povoados muitos dos salteadores. com nome e rosto de honrados, andar quentes e forrados das peles dos lavradores.

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