Historia dos quinhentistas, Volume 7

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Imprensa portugueza, 1871 - 328 páginas
 

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Passagens conhecidas

Página 66 - Qu'em Frandes e Alemanha, Em toda França e Veneza, Que vivem por siso e manha, Por não viver em tristeza, Não he como n'esta terra; Porque o filho do lavrador Casa lá com lavradora, E os fidalgos de casta Servem os reis e altos senhores.
Página 18 - Eu não, e agora com dor Quero perder meus sentidos. Os que mais sabem do mar Fogem de ouvir as Sereias; Eu não me soube guardar: Fuy vos ouvir nomear, Fiz minha alma e vida alheias.
Página 170 - Mas ha tempos crueis ! soe meu grito Por todo o mundo ! mas ah tempos duros Em que não soa bem o bom escripto.
Página 127 - Oh que victoria a tua, oh que valor, Contra um corpo tam tenro e tenros annos Inda pediste ajuda ao cego Amor!
Página 167 - O doce estylo teu tomo por guia. Escrevo, leio e risco; vejo quantas Vezes se engana quem de si se fia.
Página 85 - E leixas viver os teus. E não te corras de mi : Mas com teu poder facundo Assolves a todo o mundo, E não te 'lembras de ti, Nem ves que te vas ao fundo. ROM. O' Mercurio, valei-me ora, Que vejo maos apparelhos.
Página 161 - Floreça, fale, cante, ouça-se e viva a portuguesa língua, e já, onde for, senhora vá de si, soberba e altiva. Se tèqui esteve baixa e sem louvor, culpa é dos que a mal exercitaram, esquecimento nosso e desamor.
Página 320 - Gonçalves, sabei que as portuguezas todas cahem de maduras, que não ha cabo que lhe tenha os pontos, se lhe quizerem lançar pedaço. Pois as que a terra dá além de serem de rala, fazei-me mercê que lhe falíeis alguns amores de Petrarca, ou de Boscão ; respondem-vos huma linguagem meada de hervilhaca, que trava na garganta do entendimento, a qual vos lança agua na fervura da mor quentura do mundo.
Página 203 - Doutores, Antes ajuda a suas letras dão: • E com ellas merecem mais fovores . . Que em tudo cabem, para tudo são.
Página 101 - Á vossa fonte tam fria Da Barroca em julho e agosto (Inda me é presente o gosto) Quam bem que nos i sabia Quanto na mesa era posto ! Ali não mordia a graça, Erão iguais os juizes. Não vinha nada da praça. Ali da vossa cachaça. Ali das vossas perdizes...

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