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Pag. 467. V. 12.

Que quando por accidente
Da fortuna desastrado
Fosse apartado da gente
N’um lugar onde somente
Das feras fosse guardado:
E por ferro, fogo e ágoa

Buscar minha morte iria.] Lição vulgar. Mas a corrupção de texto não pode ser mais visivel. Comtudo não difficil atinar-se com o sentido do poeta.

Acaba de dizer Dionysa a Filodemo que tomára ver-se dalli cem mil leguas, pelo perigo que corria a sua honestidade. Responde - lhe este, que isso desejava tambem elle que succedesse; porque nesse caso teria occasião de fazer por ella uma fineza, que fosse mais de agradecer; e vem a ser, que quando ella por algum caso da fortuna fosse apar. tada da gente n'um deserto onde não tivesse por guarda, senão as feras; por ferro, fogo e ágoa lá iria elle buscar

E

porque não pode ser outro o sentido do poeta, corrigimos:

Que quando por accidente
A fortuna desastrada
Vos apartasse da gente
N’um deserto, onde somente
Das feras fosseis guardada;
Lá por ferro, fogo e ágoa

Buscar minha morte iria etc. P. 475. L. 20. Que estas cidras não se desistem em nove dias, senão em nove mezes.] Lição vulgar. Não ha maior corrupção de texto. Que tem as cidras

que

desistir? Que o poeta não disse um tal absurdo, he fóra de toda a dúvida. O que elle disse foi isto:

E porque estes sirgos não se desistem em nove dias, senão ein nove mezes, foi-lhe a elle necessario acolher-se com ella etc.

a sua morte.

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Sirgo he o envolucro, onde se

o bicho da seda, quando passa ao estado de metamorphose, e onde se conserva doze dias, ou nove, como diz o poeta. Mas a ignorancia transformou sirgos em cidras.

P. 482. L. 7. Porque quando cuido que sem peccado que me obrigasse a tres dias de purgatorio, passei tres mil de más linguas, peores tenções, damnadas vontades, nascidas de pura inveja de verem su amada yedra de si arrancada, y en otro muro asida...

Aqui ha lacuna porque falta o verbo da oração. P.489. V. 28.

A

quem não assopre a morte

Nem sopre o fogo da vida.] Lição vulgar; mas a do poeta he:

A quem o assôpro da morte

Não sopre o fogo da vida. P.490. L. 26. Tres cousas não se soffrem sem discordia; companhia, namorar, mandar villão ruim sobre cousa de seu interesse.] Todas as ed. Mas o vicio he palpavel: corrigimos: Duas cousas não se soffrem sein discordia; companhia no amar, mandar villão ruim sobre cousa de seu interesse.

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Ι Ν D Ε Χ.

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REDONDILIIAS 8c.
A alma que está offrecida
A dor que a minha alma sente
A morte, pois que sou vosso
Amor loco, amor loco .
Amor que todos offende
Amores de huma casada
Apartárão-se os meus olhos
Aquella captiva
Campos bem-aventurados
Catharina bem promette
Cinco gallinhas e meia
Coifa de beirame
Com razão queixar-me posso
Com vossos olhos, Gonçalves
Conde, cujo illustre peito
Corre sem vela e sem leme
Crescem, Camilla, os abrolhos
Da doença em que ora ardeis
D'alma e de quanto tiver
Dama d'estranho primor
De atormentado e perdido
De dentro tengo mi mal
De pequena tomei amor
De que me serve fugir
De vuestros ojos centellas
Deo, Senhora, por sentença

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Deos te salve, Vasco amigo
Descalça vai pela neve
Descalça vai para a fonte .
Dó la mi ventura
Enforquei minha esperança
Esconjuro-te, Domingas
Esperei, ja não espero
Este mundo es el camino
Falso cavalleiro ingrato
Ferro, fogo, frio e calma
Foi-se gastando a esperança
Ha hum bem que chega e foge
Irme quiero, madre
Ja não posso ser contente
Justa fue mi perdicion
Mas porém a que cuidados
Menina formosa
Menina formosa e crua
Menina, não sei dizer
Meninas dos olhos verdes
Min'halma, lembrae-vos della
Na fonte está Leonor
Não estejais aggravada .
Não posso chegar ao cabo
Não sei se m'engana Helena
Ojos, herido me habeis
Olhae que dura sentença
Olhos em que estão mil flores
Olhos, não vos mereci .
Os bons vi sempre passar
Para que me dan tormento
Pastora da serra
Peço-vos que me digais

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Pequenos contentamentos
Perdigão perdeo a penna
Perguntais-me quem me mata
Pois a tantas perdições
Pois damno me faz olhar-vos
Pois he mais vosso que meu
Porqué no miras, Giraldo
Puz o coração nos olhos .
Qual terá culpa de nós
Quando me quer enganar
Que diabo ha tão damnado
Qué veré que me contente
Quem disser que a barca pende
Quem no mundo quizer ser
Quem ora soubesse .
Quem se confia em huns olhos.
Querendo escrever hum dia
Retrato, vós não sois meu
Saudade minha
Se a alma ver-se não pode
Se de meu mal me contento
Se derivais da verdade
Se Helena apartar
Se me desta terra for
Se me levão agoas
Se n'alma e no pensamento
Se não quereis padecer
Se vossa Dama vos da
Sem olhos vi o mal claro
Sem ventura he por

demais
Sem vós, e com meu cuidado
Senhora, pois me chamais
Senhora, pois minha vida
Senhora, s'eu alcançasse
Sois formosa e tudo tendes

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Camões III.

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