O paraiso perdido

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Santos & Vieira, 1877 - 379 páginas
 

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Passagens conhecidas

Página 15 - Do homem primeiro canta, empírea Musa, A rebeldia — eo fruto, que vedado, Com seu mortal sabor nos trouxe ao Mundo A morte e todo o mal na perda do Éden, Até que Homem maior pôde remir-nos E a dita celestial dar-nos de novo.4 Diz-se, com verdade, que só após a perda do Paraíso, Adão e Eva se tornaram realmente humanos.
Página 41 - N"um alto solio que em fulgor excede Do Ganges, do Indo, as pedrarias, o oiro, Com que o faustoso Oriente, em luxo altivo, Adorna seus esplendidos monarchas, Com toda a pompa real Satan se assenta, Por sua criminosa heroicidade Collocado em tão horrida eminencia.
Página 349 - Diante deles estava inteiro o mundo Para a seu gosto habitação tomarem, E tinham por seu guia a Providência. Dando-se as mãos os pais da humana prole, Vagarosos lá vão com passo errante Afastando-se do Éden...
Página 126 - Tenerilíe a vasta mole. Sua estatura ao firmamento alcança; Fuzila-lhe o terror, qual pluma, no elmo; E nas mãos bem se vê que não lhe faltam Nem lança, nem broquel.
Página 205 - Decerto foste immensamente grande ; «Mas, vindo agora de formar um Mundo, «Fulguras muito mais, maior te vemos. ((Destruir pode ser acção heroica ; «Mas crear é de gloria mais subida.
Página 104 - Rega o jardinTde innumeros arroios Que depois em argenteo lago se unem, E, por cascata ingente alcantilada, Em cachões de alva espuma se despenham, Indo á subterrea enchente encorporar-se Onda da obscura estrada á luz regressa.
Página 105 - Das^flores todas a ufania ostentam, Entre as quaes sem espinhos se ergue a rosa. Do outro lado sombrias, cavas grutas Amena fresquidão do seio exhalam ; E por...
Página 274 - Qual de aves carniceiras largo bando Que, presentindo muitas leguas longe Exercitos em campo já dispostos Para crua peleja, voa em rumo Do cheiro que até'-lli chega exhalado Pelos corpos que á morte se destinam Em crastina batalha sanguinosa...
Página 104 - Mal que o damna,Scieneia fatal que nos fadou co'a morte! Do Éden corre atravez, do sul manando, Não torcido em seu curso, um largo rio Que...
Página 146 - Livres servimos porque amamos livres ; Podemos não amar, e amar podemos; Se amamos, nossa dita continua ; Desgraça temos, se de amar deixamos. Pela desobediencia alguns cahiram Das alturas do Ceu no Orco profundo: Quéda fatal, que de eternaes delicias Para sempre os lançou em crus tormentos!

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