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POEMA EPICO

DE

LUIZ DE CAMÕES

NOVA EDIÇÃO

LISBOA

Typ. de L. C. da Cunha
Entulhos da Rua de S. Mamede, 5

HARVARD COLLEGE LIBRARY

FROM THE LIBRARY OF
PERNANDO PALHA

DECEMBER 3, 1928

OS LUSIADAS

CANTO PRIMEIRO

ARGUMENTO

DO CANTO PRIMEIRO

Navegão os Portuguezes pelos mares Orien taes: fazem os deoses seu concilio: oppoem se Baccho a esta navegação; favorece Ve nus, e Marte aos navegantes: chegao a M çambique, cujo Governador pretende de trui-los. Encontro, e primeira acção milita dos nossos contra os Gentios: levão ferro, passando por Quilona, surgem em Mombaci

OUTRO ARGUMENTO

Fazem concilio os deoses na alta Corte,
Oppoem-se Bacho à Lusitana gente,
Favorece a Venus, e Mavorte,
E em Moçambique lança o ferreo dente:
Depois de aqui mostrar seu braço forte,
Destruindo, e matando juntamente,
Torna as partes buscar da roxa Aurora,
E chegando a Mombaça surge fora.

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Is armas, e os Barões assinalados, Pue da occidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, assaram ainda além da Taprobana; m perigos, e guerras esforçados, ais do que promettia a força humana, lre gente remota edificaram: Ovo reino, que tanto sublimaram:

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lambem as memorias gloriosas quelles Reis, que foram dilatando Fe, o Imperio; e as terras viciosas Africa, e de Asia, andaram devastando: aquelles que por obras valerosas vão da lei da morte libertaudo; ntando espalharei por toda a parte, a tanto me ajudar o engenho, e arte.

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