POEMA EPICO DE LUIZ DE CAMÕES NOVA EDIÇÃO LISBOA Typ. de L. C. da Cunha ARGUMENTO DO CANTO PRIMEIRO Navegão os Portuguezes pelos mares Orien taes: fazem os deoses seu concilio: oppoem se Baccho a esta navegação; favorece Ve nus, e Marte aos navegantes: chegao a M çambique, cujo Governador pretende de trui-los. Encontro, e primeira acção milita dos nossos contra os Gentios: levão ferro, passando por Quilona, surgem em Mombaci OUTRO ARGUMENTO Fazem concilio os deoses na alta Corte, Is armas, e os Barões assinalados, Pue da occidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, assaram ainda além da Taprobana; m perigos, e guerras esforçados, ais do que promettia a força humana, lre gente remota edificaram: Ovo reino, que tanto sublimaram: lambem as memorias gloriosas quelles Reis, que foram dilatando Fe, o Imperio; e as terras viciosas Africa, e de Asia, andaram devastando: aquelles que por obras valerosas vão da lei da morte libertaudo; ntando espalharei por toda a parte, a tanto me ajudar o engenho, e arte. |