POEMA EPICO DE LUIZ DE CAMÕES NOVA EDIÇÃO LISBOA Typ. de L. C. da Cunha 1860 ARGUMENTO DO CANTO PRIMEIRO Navegão os Portuguezes pelos mares Orien taes: fazem os deoses seu concilio: oppoem se Baccho a esta navegação; favorece Ve nus, e Marte aos navegantes: chegao a M çambique, cujo Governador pretende de trui-los. Encontro, e primeira acção milita dos nossos contra os Gentios: levão ferro, passando por Quilona, surgem em Mombaci OUTRO ARGUMENTO Fazem concilio os deoses na alla Corte, E em Moçambique lança o ferreo dente: ет OS LUSIADAS CANTO PRIMEIRO s armas, e os Barões assinalados, ue da occidental praia Lusitana, or mares nunca de antes navegados, assaram ainda além da Taprobana; m perigos, e guerras esforçados, ais do que promettia a força humana, otre gente remota edificaram: Dvo reino, que tanto sublimaram: II ambem as memorias gloriosas quelles Reis, que foram dilatando Fe, o Imperio; e as terras viciosas Africa, e de Asia, andaram devastando: aquelles que por obras valerosas vão da lei da morte libertando; ntando espalharei por toda a parte, a tanto me ajudar o engenho, e arte. |