Júlio Denis e a sua obra, Volume 1Casa Ventura Abrantes, 1925 |
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Página xv
... propósito de preenchê - la até onde as forças dum bisonho o permitissem , e por um esforço de autodidáctica trabalher uns poucos de anos em histologia e fisiolo- gia experimental , introduzindo - as no ensino da casa , passado depois ...
... propósito de preenchê - la até onde as forças dum bisonho o permitissem , e por um esforço de autodidáctica trabalher uns poucos de anos em histologia e fisiolo- gia experimental , introduzindo - as no ensino da casa , passado depois ...
Página 1
... obra literária de Júlio Denis . O aparecimento do livro de Maximiano Le- mos - Gomes Coelho e os Médicos e ainda o ter lido num jornal do Pôrto , a propósito do falecimento de D. Maria Baptista de Almeida Zagalo dos Santos I ...
... obra literária de Júlio Denis . O aparecimento do livro de Maximiano Le- mos - Gomes Coelho e os Médicos e ainda o ter lido num jornal do Pôrto , a propósito do falecimento de D. Maria Baptista de Almeida Zagalo dos Santos I ...
Página 43
... propósito . E , embora a lingua- gem varie , como era indispensável à natureza do assunto e ao género literário que ali cultiva , não deixa de ser categórico . É o romancista que fala , a propósito da esfolhada « na eira es- paçosa e ...
... propósito . E , embora a lingua- gem varie , como era indispensável à natureza do assunto e ao género literário que ali cultiva , não deixa de ser categórico . É o romancista que fala , a propósito da esfolhada « na eira es- paçosa e ...
Página 79
... propósito um episó- dio interessante . Um dia , foi Gomes Coelho procurado por um aspirante a farmacêutico , que tinha sido reprovado duas vezes e que implorava a sua protecção para evitar novo desastre . Seria a inutilização da sua ...
... propósito um episó- dio interessante . Um dia , foi Gomes Coelho procurado por um aspirante a farmacêutico , que tinha sido reprovado duas vezes e que implorava a sua protecção para evitar novo desastre . Seria a inutilização da sua ...
Página 84
... propósito cita o caso de um professor agregado da Fa- culdade de Medicina de Paris tomar para epí- grafe de um livro de filosofia médica nada mais nada menos do que uma quadra de Gé- rard de Nerval ! « Gérard de Nerval ! » escreve Gomes ...
... propósito cita o caso de um professor agregado da Fa- culdade de Medicina de Paris tomar para epí- grafe de um livro de filosofia médica nada mais nada menos do que uma quadra de Gé- rard de Nerval ! « Gérard de Nerval ! » escreve Gomes ...
Passagens conhecidas
Página 118 - Júlio Denis amava a realidade : é . a feição viril, digna, valiosa do seu espírito. Copiava finamente, com um cuidado de miniaturista, as suas figuras ternas e joviais, e Os planos esbatidos das suas paisagens. «O seu espírito porém nunca se desprendeu de uma certa contemplação sentimental, idealista: não se atrevia a por, nas...
Página 257 - ... sempre verde das laranjeiras nos pomares vizinhos, fronde por entre a qual se divisavam abundantes os doirados frutos poupados pela mão do lavrador. As copas, como umbeladas, dos pinheiros mansos, desenhavam nas encostas e eminências fronteiras as mais suaves ondulações. Dispersos aqui e ali, e entremeados com a verdura, grupos de casas campestres, alvejantes à luz do Sol, moinhos e azenhas, noras, toldadas de ramadas cónicas, eiras, pontes rústicas, as mesmas talvez que com mau humor...
Página 338 - Olhe, senhor — continua ela, avivando por meu respeito a labareda no lar — eu bem sei que sou uma ignorante; mas toda a minha vida vi tratar as bexigas com agasalho e chás para fazer suar; porque, vê o senhor? com o suor saem cá para fora todos os maus humores eo veneno que anda na massa do sangue.
Página 118 - ... nas páginas gentis, os severos, os crus aspectos: da realidade: de modo que, copiava de longe, com receio, retocando os contornos duros, dando o pálido desbotado do sentimento sobre as cores fortes e salientes. As suas aldeias são verdadeiras; mas são poéticas: parece que êle as vê e as desenha, quando a névoa outonal idealiza, azula, esfuma as perspectivas.
Página 120 - ... romântico dos seus livros. Era, sobretudo, um paisagista, as figuras estavam ali para dar expressão, vitalidade à paisagem: os seus campos de searas, os montes, as claras águas, os céus profundos não são nos seus livros uma decoração à vida fortemente sentida: as suas mulheres romanescas, os seus galãs violentos e ternos, as meigas figuras de velhos, até as suas caricaturas — é que foram colocadas assim para povoar, dar eco sonoro, movimento, calor, à paisagem e fazer destacar...
Página 44 - Bem sei que passou já da moda esta crença tão arreigada nos mais severos espíritos de outros tempos; mas por mim, ainda me não pude resolver a romper com ela de todo. Penso eu que o moral eo físico da humanidade andam sob o império de forças multiplicadíssimas, muitas das quais ainda estão por descobrir ou estudar, e não vejo que se possa desde já excluir do rol delas a luz desse planeta pálido, tão querido de amantes e de poetas.
Página 118 - O seu espírito porém nunca se desprendeu de uma certa contemplação sentimental, idealista: não se atrevia a por, nas páginas gentis, os severos, os crus aspectos: da realidade: de modo que, copiava de longe, com receio, retocando os contornos duros, dando o pálido desbotado do sentimento sobre as cores fortes e salientes. As suas aldeias são verdadeiras...
Página 264 - Mas era justamente uin livro assim, que Reine Garde pedia ; é d'este genero de litteratura que o povo precisa; é por esta forma que se resolve a importante questão das subaiatencias intellectuaea, não menos valiosa do que a que occupa as attenções dos economistas.
Página 44 - ... de todo. Penso eu que o moral eo physico da humanidade andam sob o imperio de forças multiplicadissimas, muitas das quaes ainda estão por descobrir ou estudar, e não vejo que se possa desde já excluir do rol d'ellas a luz cTesse planeta pállido, tão querido de amantes e de poetas.
Página 338 - ... cá para fora todos os maus humores eo veneno que anda na massa do sangue. Pois, senhores, não mandou o medico da minha terra, o Senhor lhe perdõe, abrir as janellas e arejar o quarto de um pobrezinho que estava com bexigas!