Aspectos da litteratura colonial brazileira

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F.A. Brockhaus, 1896 - 301 páginas
 

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Passagens conhecidas

Página 30 - ... e, ao seu modo, cantam com sofrível tom, os quais têm boas vozes.; mas todos cantam por um tom, e os músicos fazem motes de improviso, e suas voltas, que acabam no consoante do mote ; um só diz a cantiga, e os outros respondem com o fim do mote, os quais cantam e bailam juntamente em uma roda, em a qual um tange um tamboril, em que não dobra as pancadas ; outros trazem um maracá na mão, que é um cabaço, com umas pedrinhas dentro, com seu cabo, por onde pegam; 'e nos seus...
Página 274 - Cajueiro desgraçado, A que Fado te entregaste, Pois brotaste em terra dura Sem cultura e sem senhor!
Página 256 - Tu não verás, Marília, cem cativos tirarem o cascalho ea rica terra, ou dos cercos dos rios caudalosos, ou da minada serra. Não verás separar ao hábil negro do pesado esmeril a grossa areia, e já brilharem os granetes de ouro no fundo da bateia.
Página 115 - Tranquillo o mar. Como eu. nem tanto Se alegra, vendo, Que vai crescendo Minha ventura. E vai cessando De meu gemido O suspirar.
Página 256 - Não verás enrolar negros pacotes das secas folhas do cheiroso fumo; nem espremer entre as dentadas rodas da doce cana o sumo.
Página 10 - ... teem cousa que de fero seja e cortam sua madeira e paaos com pedras feitas coma cunhas metidas em...
Página 217 - Génio da inculta América, que inspiras A meu peito o furor, que me transporta, Tu me levanta nas seguras asas. Serás em paga ouvido no meu canto. E te prometo que pendente um dia Adorne a minha lira os teus altares.
Página 259 - Lisboa. Agora, agora sim, agora espero Renovar da amizade antigos laços. Eu vejo ao velho Pai, que lentamente Arrasta a mim os passos. Ah! como vem contente! De longe mal me avista, . Já vem abrindo os braços. Dobro os joelhos, pelos pés o aperto, E manda que dos pés ao peito passe. Marília, quanto eu fiz, fazer intenta; Antes que os pés lhe abrace, Nos braços a sustenta; Dá-lhe de filha o nome, Beija-lhe a branca face.
Página 262 - A estrela da madrugada. Ah, pinta, pinta A minha bela! E em nada a cópia Se afaste dela. Mal retratares do rosto Quanto julgares preciso. Não dês a cópia por feita; Passa a outros dotes, passa, Pinta da vista e do riso A modéstia, mais a graça. Ah, pinta, pinta A minha bela! E em nada a cópia Se afaste dela. Pinta o garbo de seu rosto Com expressões delicadas; Os seus pés, quando passeam, Pisando ternos amores; E as mesmas plantas calcadas Brotando viçosas flores.
Página 263 - ... mudando. Se quero levantar-me as costas vergam; As forças dos meus membros já se gastam; Vou a dar pela casa uns curtos passos, Pesam-me os pés, e arrastam. Se algum dia me vires desta sorte, Vê que assim me não pos a mão dos anos: Os trabalhos, Marília, os sentimentos, Fazem os mesmos danos.

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