Egas Moniz e o Prémio Nobel: enigmas, paradoxos e segredosImprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 01/11/2006 - 143 páginas
Este livro traz a público três contribuições principais, extraídas da investigação em curso: uma abordagem problematizadora das questões históricas e sociológicas envolvidas no processo que levou Egas Moniz a ser agraciado com o Nobel da Medicina ou Fisiologia, em 1949, (ex-aequo com o fisiólogo suíço Walter Rudolf Hess); uma cronologia das nomeações de Moniz para o Prémio, iniciada em 1928, logo após a apresentação e publicação dos resultados do que viria a ser a Angiografia Cerebral, e prosseguiu com as nomeações de 1933, 1937, 1944 e, com a nomeação coroada de sucesso, de 1949; e, ainda, um conjunto de documentos de inegável interesse, que são as avaliações dos méritos do candidato, elaboradas por membros destacados pelo Comité Nobel com vista à emissão de pareceres e recomendações finais. De acordo com o regulamento da Fundação, estes documentos são conservados com a classificação de “secretos” nos Arquivos Nobel, durante os 50 anos subsequentes à sua datação. O autor beneficiou de uma Bolsa de Doutoramento da Fundação da Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência e Ensino Superior, que lhe possibilitou a pesquisa levada a cabo nos arquivos da Fundação Nobel, no Karolinska Institutet, em Estocolmo. No decurso dos trabalhos, irrompeu a inenarrável campanha para a “desnobelização” de Egas Moniz. Não querendo desprezar nada do que envolva a (re)interpretação da obra de Egas Moniz, o autor optou por consagrar algumas páginas à campanha, sublinhando os aspetos que lhe pareceram mais relevantes. Não apenas pelo lado do ritual das efemérides - passaram, no ano transato, 50 anos sobre a morte de Egas Moniz - mas igualmente pela força e pressão do “passado” sobre o nosso modo de vida quotidiano, a forma como se lembra e esquece Moniz, enfatizando alternadamente o Médico, o Cientista, o Político, ou o Empreendedor, um dos picos da campanha para retirar o Prémio Nobel a Egas Moniz precipitou-se sobre o texto do autor, desafiando-o. Ou o excluía, invocando um pretexto qualquer, ou o enfrentava, tentando compreendê-lo. O autor resolveu o dilema, estudando-o. Afinal, só vinha confirmar a permanência do passado e a atualidade da História. This work presents some less well-known aspects of Egas Moniz within an extensive and inclusive framework, drawing upon previously unpublished documentation and the results of research carried out by the History and Sociology of Science Group of the Centre for 20th Century Interdisciplinary Studies (CEIS20) at the University of Coimbra. As well as valuing the political, cultural, business and scientific aspects of Egas Moniz, the work guards against linearity and celebrationism, pointing out some of the biases resulting from what the author considers to be “Biographical Power”. Egas Moniz is thus reinscribed into a critical framework that opposes the reverential and celebrative approach, but instead seeks to reassess his works, creations and inventions. |
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... neurologia, cientista, ensaísta e o mais que se verá, nasceu em Avanca, concelho de Estarreja, a 9 de Novembro de 87 . Reinava Dom Luis. Fontes Pereira de Melo presidia ao governo de maior longevidade na segunda metade do século XIX ...
... Neurologia. O jovem doutor escolheu para tema de dissertação «A Vida Sexual»( 6), desdobrada em duas abordagens complementares: «Fisiologia» — em que desvendava as características anatómicas, morfológicas e funcionais dos órgãos ...
... neurologia, desenvolvendo a técnica da Arteriografia.Cerebral ( 9 7) (mais tarde Angiografia.Cerebral) e da Leucotomia.Pré-frontal ( 9 ). Aludindo a alguns aspectos menos compreensíveis da passagem de um método a outro, ou de uma ideia ...
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Índice
3 Visualizar o cérebro | |
4 Psicocirurgia | |
5 Nobelização | |
6 Mudar o Passado
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7 Para terminar | |
8 Conclusão | |
Bibliografia | |
Anexos | |