Rezám for que la na ado. que fe detiveffe mais do ordina- Cipanhia Chrifto de haberet angelos,& in terris,&c. que mas › pera guerrear, & invadir Copanka, 1553. vem a dizer, que o Filho de exercitos armados, & pera fer 14. Deos foy autor de huma Reli-affombro de todos os animais, giâm nova, & angelica de caf-ordenou, como tam prudente, tos, pera que afsim como era adorado de anjos no cèo, foffe tambem fervido de anjos na terra. Pois a obediencia, que o Sãto fundador quer em feus filhos,he tam cèga,& tam perfeita, que nam sô demanda de feus fubditos, que tenham vontade prompta pera obedecer, mas tambem entendimento cativo, pera nam difcorrer. u Farte 3.0.3. $.23. 9 Entre outras cousas em que o fancto varàm fingularizava a Companhia das outras fagradas Religioens, era na criaçam dos noviços, porque aonExm.c.1.5 de os outros fe contentavam co X Conftitut. So..Iefu. 12. & c.4. §. 16.& p.4.c. 3.5.3. p. c.1.n.3. y Niceph. lib. 9.c. 14.item ta e.ufcem. IO Trouxe Deos a Companhia ao mundo, nam pera eftar fempre recolhida no clauftro, retirada no deferto, & cantando no choro; fua vocaçám he pera difcorrer a pelo mundo Conft.pa. 6. todo,converfando com os here- 3.n.5. ges mais pertinazes, tratando com o peccador mais diffoluto, entrando por toda a parte, por os Religiò Os & fos da Co. panhia eftam fogei prégando a Gentios, difputando com Luteranos, lidando com barbaros, em braços com os perigos do mundo todo lutando com as mayores difficuldades,ás quaes neceffariamēte eftam fogeitas emprefas tam gloriofas, & occupaçoens tam apoftolicas: & afsim era muy neceffario que os filhos da Co hum anno de noviciado,na Co-perigola que feja, a confeffar, panhia, mandou que houveffe tres, como ordenou S. y Pachomio, enfinado por hum anjo, a feus difcipulos, como le conta em fua vida. Dous d'eftes annos fe tem logo em entrando na Religiam, & o terceiro depois dos eftudos acabados. Dos ElePlin. natur. phantes contamos naturaes, 10. De em que andam dous annos no venannis gefta-tre de fuas mãys (pofto que ou-panhia, antes de fahir a campo vulgus; Ari tros ainda lhe dam mais annos) defafiar tantos trabalhos, gaftoteles bi- moftrandose, nesta detença a nhaffem primeiro forças nas engrandeza da obra, & a maravi- tranhas da mãy, dentro dos nolha do tal parto,porque como a viciados tomado tambem delnatureza criou a este efpantofoles nefte tempo feus fuperiores animal, pera levar grandes car-largas experiencias, & intimos gas, pera fuftentar torres de ar- conhecimentos, que por iffo o hift.lib.8.c. re in utero, enrio. a tos a mui tas difficul dades. no C C Chrifto de noviciado fe chama cafa dej 1553 provaçam, porque nella,com maduros exames, nos provain os Conft.in E-fuperiores, approvando os bons, xam. c. 1. §. & reprovando aquelles que en4.9.1. tendem, que nam poderam ao diante fervir a Deos, & ajudar a Religiam. 13.& P.1.c.. If Eltas, & outras muitas coufás, nám menos novas, que fanctas, &admiraveis,via,&nam acabava de louvar, o piedofiffimo Rey nas Conftituiçoens da Companhia; & cobrando novo conceito, & acrefcentandofelhe o refpeito ao edificio tam fan&to, & ao feu Architeto tam divino, fez novos offerecimentos aos Padres, que nam pararam em palavras mas logo fe viram nas obras, nas reaes merces, que de novo fez ao Collegio de S. Antam, em hum juro, que lhe deo,&em grandes ajudas de cufto; & na fundaçam, que logo tratou, da casa profeffa de Sam Roque, a quem logo laçaremos a primeira pedra,à vifta do B.P. Francifco de Borja. I 2 Publicadas as Conftituiçoens em Lisboa, fe foy logo o Padre Commiffario a Evora, aonde estava começado o Collegio, & d'aly a Coimbra, publicando em os dous Collegios as Conftituiçoens, como tinha feito em Lisboa, cõ gråde confolaçam dos Padres, & Irmãos defta Provincia, como em feu lugar veremos. I N Copanhia 14. ESTE mefmo anno de 1553.enviou noffo fancto Padre Ignacio á Provin cia de Portugal aquella admiravel carta da obediencia, na qual o Sancto com vivas cores, pintou hum fingular retrato do verdadeiro obediente: a occafiám que houve pera noffo gloriofo Patriarcha mandar esta carta à Provincia de Portugal, foy, porque como nefte anno se publicàram nella as Constituiçoens, & a obediencia he a virtude mais neceffaria a hum religiofo,& a que ordena o fubdito á inteira guarda das regras de feus fuperiores, quiz o San&to difpor feus fubditos, pera a perfeita obfervancia de fuas leys, com lhes mostrar o caminho real da verdadeira obediencia: a qual carta particularmente remeteo á Provincia de Portugal, porque como o Sacto julgava Chrifto de julgava tam altamente defta ex1553cellentiffima, & foberana virtude,& queria deixar por efcrito, Copankia guma noticia; & pera que me- Rezeens, & como em teftamento, os fen-noffa lingoa Portuguesa, com a della Deos lhe ti Chouve, fe ra S. Igna io reme ter a car ta de ole diencia a Portugal. ! timentos,que qual fempre melhor nos enten- ・sto nosso Senhor vos Jaude & vifite, com quiz nella, como em morgado,feus fanétißimos doens, & graças efpi- me caufa, Irmãos charißimos, em noffo Senhor IESU Christo, entender os vivos, & efficazes défejos, que de voffa perfeiçam, & feu divino ferviço, & gloria, vos dà aquelle,que por fua divina mifericordia vos chamou a efte inftituto,& nelle vos conferva, & cncaminha ao bemaventurado fim, aonde chegam feus escolhidos. E ainda que em todas as virtudes, vos desejo toda a perfecam, he verdade (como rereis de mim outras vezes ouvido ) que na obediencia mais particularmente, que em nenhuma outra, me dá Deos noßo Se que I Chrylo de 1553. a que tanto na fagrada Escritura com prefenta a pessoa daquelle que he infal b b que pede aquelle, que remio o mundo por obediencia, perdido por falAd Phil.c. ta della Factus obediens ufque ad mortem,mortem autein crucis. 1.8. na encia. 3 Poderemos fofrer que outras Queria o Sancto, q Religioens nos levem ventagem em jeos da Com juns, vigilias, & outras afperezas, que panhia fe cada huma dellas fanctamente, fegundo afinalem feu inftituto, guarda com tudo na puobedi reza, & perfeiçam da obediencia com a verdadeira refignaçam dè nossas vontades, & abnegaçam de noẞos juizos, muito defejo, Irmãos charißimos, que fe aßinalem, os que nesta Companhia fervem a Deos noflo Senhor,& que nifto fe conheçam os filhos verdadeiros della, nunca olhando pera a peffoa à quem fe obedece, fenam nella a Chrifto noffo Redentor, por quem fe obedece. Por tanto, nem porque o fuperior feja muito prudente,nem porque muito fan Eto, ou calificado em quaefquer outros doens de Deos nosso Senhor, fenam porque tem fuas vezes, & autoridade, deve fer obedecido,dizendo a eternaUerLuc.cap.10. dade: c Qui vos audit, me audit, n.16. d expresamente Chrifto noffe Senhor, e Havemos AdEphef.c. 6.n.5.& 6. 4 Aẞim que todos queria vos & qui vos spernit, me fpernit.fua alma, & feo deve olhar como a Tambem defejo,que fe aßente encia hade entre tade. he a Copanhia Fern in fer. Chrifto de muito em voljas aimas, que de dormias. Sanita era a acçam muy 1553. baixo o primeiro grào da obediencia, Martha, fancta a contemplaçam da 14. que confifte na execuçàm do que fe ma-Magdalena, fanéta a penitencia, & da,nem merece o nome, por nam che-lagrimas,com que fe regavam os pès de gar ao valor defta virtude, fenam fe Chrifto noflo Senhor, porém tudo ifto ola obe robe ao fegundo de fazer fua a vontade foy neceffario fazerfe em Betania do fuperior de maneira que nam fo- qual palavra fignifica cafa de obediengar a von mente haja execuçám no effeito, cia, que parece nos quer dar a entenmas tambem conformidade no af - der Chrifto noßo Senhor, come nota S. fecto, com hum mesmo querer, Bernardo: Quod nec ftudium & nam querer For illo diz a bonæ actionis, nec otium fan- ad militeste Efcritura, & que: Melior eft obe&æ contemplationis, nec la- pli,c.13. dientia, quam victimæ, porque, chrymæ pænitentis extra BetaGreg.lib.35 fegundo S. Gregorio: g Per victimas niam effe potuerunt. aliena caro,per obedientiam verò voluntas propria mactatur; como efta vontade no homem feja de tanto valor, aßim he tambem grande o da oblaçam, em que ella fe offerece,pornhor em feus ministros,a liberdade, que rezam da obediencia, a feu Creador, Senhor. O quanto fe enganam, & em quanto perigo fe poem, nam digo some-Je inteiramente reftituir na obedien f 1. Reg.c.15 n.22. lal.C. I 2. h h 6 Aẞim que, Irmãos charißi- elle vos deo. Enam vos pareça fer pe- cia, aquelle que volo deo, no qual nam que te aquelles, que em cousas que fam em favor da carne, & fangue, mas ainda nas cousas, que fam muy espirituaes&mando de todo voffas vontades com a fanetas, tem por licito apartarfe da vo- regra certißima de toda a ordem, tade de feus fuperiores, aßim como em he a divina bondade,da qual vos he inejuns, ora cens, & quaefquer outras terprete o superior, que em feu lugar vos obras fanctas;ouçam quam bem o nota governa: aßim nam deveis jamais Caßiano na collaçam de Daniel Ab-procurar de trazer à vontade do fupeCaff. Coll. bade: Vnum fanè, atque idem in- rior (a qual vos deveis perfuadir fer obedientiæ genus eft, vel prop-a de Deos) à voffa, porque ifto feria ter operationis inftantiam, vel nam tomar por regra da voffa vontade propter otij defiderium,fenioris a divina,mas da divina a vossa,preverviolare mandatum: tamque diftendo a ordem de fua fabidoria. pendiofum eft pro fomno,quàm pro vigilantia, monafterij ftatuta covellere:tantùm deniq; eft Abbatis tranfire præceptum, ut legas, quantùm fi contemnas, ut 4.C.20. 7 Engano he grande, & de entendimentos efcurecidos com o amor proprio, cuydar que fe guarda a obediencia, quando o fubdito procura trazer fuperior ao que elle qner, ouvi a S. ao Ber |