..5.n.19. m Pf.76.n.4. 14. ofrecido, y obligado,de oy màs ofrecerè Copanhia Chrifto de caridad: porque con esto se cumplirá n Luc. 1. n.47 : 12 Con el espirito de Dios V. A.bive,y bivirá bida verdadera, y fus fentidos no bufcaràn, ni querrán otros deportes, y guftos, que no fean conformes al efpirito, y voluntad divina. T con efto podrá dizir de verdad: Defecit fpiritus meus. Y de aqui fubirá a dizir: "Exultavit fpiritus meus in Deo falutari meo. Pluginesse al Redentor, y Señor nueftro, que yo pus pist Pfal.76.n.4. diesse con verdad dizir Defecit spi ritus meus. Mas pues fi quiera en lo exterior, con la mudança del estado, parece que ha faltado mi proprio efpirito, por la gran mifericordia de Dios, que me llamo, y fe digno recebirme entre los fiervos de fu cafa ofrezco a V. A. que aunque ancès estava va atado, terno,amen. De Oñate 15. de Ago- CAPITVLO XVIII. Vem o Beato Padre Francifio 1553. os mais B.P.Fran cifco. Chrifto de tugal, á petiçam delRey Dom Parte o B. a que chamamos a barca dos Cepanka palheiros. Aqui milagrofamen- 14 : te livrou Deos ao Padre Bufta- quanto noffo fancto Padre Ig-deiro, perdendo todos os fenti- jurdiçam. 2 Batou efte final da võtade do Padre Commiffario,peP.Frácifco ra logo lhe obedecer,& porfe a pera Portu caminho, levando por compagal. nheiro feu ao Padre Berthola- do lugar dos, que fo lhe ficáram, pera in- do B. P. Francifco. hrifto de 15.53: B.P. Fran cifco de Borja. do Padre Francifco, que def ›. nem ceffe ao bayxo do valle o Padre Bustamante, porque fubiComo foy tamente le teve com a cavalpoderofa a oracam do gadura em hum lugar tam alcantila do, que bem moftrou Deos o poder da òraçam do B. Padre: achoufe Buftamante co feu rofario na mám, & fem ferida,nem lefam algua,& por fer o lugar o que pintamos, aonde nam era poffivel decer delle fubir alguem, foy necessario alçaremno afsima com huas cordas, com que acodiram alguns pastores, ajudados por hus caminhantes, que tambem acodiram aos brados do Beato Padre Francifco, louvando todos a Deos noffo Senhor, & dando muitas graças a Virgem facratifsima Mãy de Deos, a cuja interceffam attribuiram esta grande mifericordia, por caufa de feu rofário, que nunca o Padre largou das mãos, & depois della á òraçam do Beato Padre Francifco de Borja, & a feus fanctos brados ao cèo. 4 Chegou finalmente a Coimbra o B. Padre Francifco de Borja,aonde foy grande o alvoroço em todo o Collegio, co avifta de tam admiravel varám, ficando todos muy confolados com fua fancta converfaçàm, com feu raro exemplo. De Coimbra veyo a Lisboa, aonde foy recebido dos fere Copanhia 14. Quám be nifsimos Rey, & Rainha, com grandifsimas moftras de amor, & benevolencia, & com mayor honra, & agafalhado do recebido que lhe fariam fe ainda efti- foy o B.P. veffe em feu antiguo eftado, Francifco dos Reys, pois o nam viam, nem tra- & Princetavam ja como Duque de pes de Por Gandia, & como a grande tugal. do mundo, fenam como a varàm fancto, & defprezador de tudo. Quanto o Infante D. Luis cómu Tornando ao ferenif fimo Infante Dom Luis, nam fe pòde crer as grandes merces que fez, & o muito amor, que nicou com moftrou ao Beato Padre Frano B.P. Fra cifco de Borja, vifitandoo, & cisco. tratandoo com fingular benevolencia, & notavel familiaridade; & com esta communicaçam, & fancto exemplo, que o Padre lhe dava, fe deliberou de todo em feguir a Chrifto crucificado, tratando de entrar na Companhia, & pedindo, com grande affecto, a noffo bem aventurado Padre fancto Ignacio, que o quizesse admitir a feguir as pifadas do Beato Padre Francifco de Borja, como conta o Padre Pedro de RiRadaneyra ; porem noflo fancto Fundador julgou em o Senhor, que efte religiofifsimo Infante, por caufa de fua ida-jib.2.c.7. de,& pouca faude, & outros ju- Infante D. ftos refpeitos, fervia mais a Deos Luis êtrar no modo devida q tinha tomado naCompapro " H Petr.Ribad. in vita B.P. Frac.de Bor Pretende o nhia. Chrifto de Luis. 6 Vendo pois o piedofilDa muda fimo Princepe, que o nam adça de vida mitiam na Companhia, tratou que fez o infanteD. de viver fòra como se estivera dentro da Religiam, determinou deixar o mundo, dentro do mundo, ficando entre as Exod.c.3.n. lavarédas, como a farfa de 2. Videbt Moyfes, fem fe queimar, & ardebat, & na fornalha de Babylonia, conon combu mo os tres mancebos, fem ar b quòd rubus reretur. C Dan. c. 5.n. 50. Et non tetigit eos omnino, ig nis &c. d Auguf. fup. per Dei est b der,nem fe chamulcar;pera ifto dor. Eram os jejuns muy Copanhia conti-¡ nuos,& muy ordinarias as difci- 14. 7 Affim procedia este tam f confusam da vaidade defte tepo)tudo a fim de dar efmólas,& pagar fuas dividas, & exercitarfe na humildade, & fancta pobreza; porque, parecendo rico, profeflava, que efta,como diz S. Agostinho, mais confifte no animo defapegado,que no facco in animo,nó remendado: antes, como até o outro Gentio alcançou,o nam Matt. lib. 1. ter nada, pòde fer miferia, mas eft nem fempre he pobreza. Tratas Neftor zia cilicio junto da carne, anfóra veftido de feda; dando por , que confiste na elaçam do enten& com eftes fanctos enganos dimento, & da vontade, & aceito a defenganava o mundo engana-profunda humildade, & conhecimento in fatculo. Epigr. Non pauper habere ni hil. f 1553 Chrifto de de minha grande miferia, & ignorancia • &a pura, & conftante obediencia de men Deos; por onde toda minha vontade fometo à do Padre eterno & lha entrego, & aßim The faço esta profi sám, nas mãos de feu filho IESU Chrifto, dulcißimo Redemptor, & me abrazo de hoje por diante com fua cruz, verdadeira honra, & gloria minha, com propofito de feuur na vida, & na morte quanto Jua graça permitir: & creyo firmemente da verdade de fuas palavras & espero de fua immenfa bondade, que por o merecimen to infinito de feu fangue derramado, ma concederà copiofamente, pera que viva, & acabe esta vida na obra defta determina am, que por fua mifericordia me deo. Continuou 8: Nefta forma fez o fempre ne- devotiffimo Princepe a Deos fia fanita nollo Senhor o holocaufto de vida. f fua real peffoa, guardando d'ahi por diante hum modo de viver tam admiravel; que fendo Princepe feculari parecia hum Religiofo fancto: que affim fabe Deos confirmar huma alma com o espirito prinPr.so.p.14 cipal, como o f Propheta cipali confir pedia, & tirarlhe o efpirito de Princepes & como os fanPL.75.8.13 tos defejam: fua pratica orTerribili, & ei qui auferinariamente era com os Pafpiritum dres da Companhia, tomanprin.ipum. lo todos os dias meditaçam, que lhe hia dar muitas vezes, Spiritu prin ma me. g Copanhia aos paços de Enxobrégas o Padre Diogo Miràm, confef-14 fandofe com os noflos Padres, & dándolhe perfeita conta de fua confciencia, mandando pedir ao Padre Prepofito da Cafa de Sam Roque , que The mandaffe qualquer Confeffor, lem nunca apontar nenhum em particular; moftrando com ifto, que igualmente estimava a todos, & que com qualquer fe confolava. Desfaziafe muitas vezes em lagrimas,& com grande ponderaçam, & fentimento feu, dizia que ferá de mim, fe no dia do juiz • meu escravo me roubar o ceo, & for caminhando fó pera o infer en no. 9 D'efta maneira procedeo Sempre o muy Religiofo Infan te D. Luis, unico no nome, & unico nas virtudes, atè a hora da fua morte, que foy muy conforme a tam fancta vida. do qual aqui fiz efta breve commemoraçam, por fe de- Grådes over muita parte de tam lou- brigações, vaveis procedimentos ao fan- temos ao &to varam Francifco de Bor- InfanteD. ja ( com quem agora nos encontramos) & pelo muito que The deve a Companhia, porque a elle,depois do fereniffimo Rey D. Joam, reconhecemos o.mayor affecto a noffaReligiàm;elle foy o que logo que nos vió, nos amou, & nos estimou, refiftindo a hirem ambos os dous Padres Luis. |