Estudos de literatura brazileira ...

Capa
H. Garnier, 1901
 

Páginas seleccionadas

Outras edições - Ver tudo

Passagens conhecidas

Página 123 - Pálida a cor, o aspecto moribundo, Com mão já sem vigor, soltando o leme, Entre as salsas escumas desce ao fundo: Mas na onda do mar, que irado freme, Tornando a aparecer desde o profundo: "Ah! Diogo cruel!
Página 156 - De Tebas nas colunas derrocadas As cegonhas espiam debruçadas O horizonte sem fim... Onde branqueja a caravana errante, E o camelo monótono, arquejante Que desce de Efraim...
Página 51 - Foi aqui, foi ali, além... mais longe, Que eu sentei-me a chorar no fim do dia; — Lá vejo o atalho que vai dar na várzea. Lá o barranco por onde eu subia! . . . Acho agora mais seca a cachoeira Onde banhei-me no infantil cansaço.
Página 51 - Eis meu lar, minha casa, meus amores, A terra onde nasci, meu tecto amigo, A gruta, a sombra, a solidão, o rio, Onde o amor me nasceu — cresceu comigo.
Página 23 - São uns olhos verdes, verdes, Uns olhos de verde-mar, Quando o tempo vai bonança; Uns olhos cor de esperança. Uns olhos por que morri; Que ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi!
Página 99 - Vãs, funestas imagens, que alimentam Envelhecidos mal fundados ódios. Por mim te fala o Rei : ouve-me, atende, E verás uma vez nua a verdade. Fez-vos livres o Céu, mas se o ser livres Era viver errantes e dispersos, Sem companheiros, sem amigos, sempre Com as armas na mão em dura guerra, Ter por justiça a força, e pelos bosques Viver do acaso, eu julgo que inda fora Melhor a escravidão que a liberdade.
Página 106 - Acostumar ao voo as novas asas, Em que um dia vos leve. Desta sorte, Medrosa deixa o ninho a vez primeira Águia, que depois foge à humilde terra, E vai ver de mais perto no ar vazio O espaço azul, onde não chega o raio.
Página 29 - D'aves, flores, murmúrios solitários; Buscar tristeza, a soledade, o ermo, E ter o coração em riso e festa; E à branda festa, ao riso da nossa alma Fontes de pranto intercalar sem custo; Conhecer o prazer ea desventura No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto O ditoso, o misérrimo dos entes: Isso é amor, e desse amor se morre!
Página 69 - Como a face do genio do mal. Eu a Deus perguntei: — Pois ao mundo Pa.ra as dores somente é que eu vim? Para ver e sentir que meu filho Dá-me tantos martírios assim? Nos degraus dos altares ao longo Te prostraste co'a face no chão. E juraste ao Eterno ante os homens Que meu filho não eras mais não. Blasfemei nesse instante do Cristo Nos assomos do meu frenesim.
Página 111 - Gentes de Europa, nunca vos trouxera O mar eo vento a nós. Ah ! não debalde Estendeu entre nós a natureza Todo esse plano espaço imenso de águas.

Informação bibliográfica