Historia do romantismo em Portugal

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Nova Livraria Internacional, 1880 - 515 páginas
 

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Passagens conhecidas

Página 358 - Entendi e ainda entendo que, trabalhando d'esse modo para o bem do herdeiro da coroa e, virtualmente, para o bem da terra em que nascera, dava um documento, ao mesmo tempo de gratidão e de patriotismo, mais efficaz do que todos os protestos...
Página 511 - Ligar Portugal com o movimento moderno, fazendo-o assim nutrir-se dos elementos vitaes de que vive a humanidade civilisada. Procurar adquirir a consciencia dos factos que nos rodeiam, na Europa. Agitar na opinião publica as grandes questões da Philosophia e da Sciencia moderna. Estudar as condições da transformação politica, economica e religiosa da sociedade portugueza.
Página 148 - Paraizo perdido; nenhum d'elles fora tamanho poeta, nenhuma d'essas linguas se enriquecera com tam preciosos monumentos: e todavia imitaram uns dos outros, e d'essa imitação lhes veio grande proveito. Esta mania de traduzir subiu a ponto em Portugal, e de tal modo estragou o gosto do...
Página 63 - Et pour ceu que nulz ne tient en son parleir ne rigle certenne, mesure ne raison, est laingue romance si corrumpue qu'a poinne li uns entent l'aultre, et a poinne...
Página 173 - ... deslumbrada de notar qualquer imperfeição. Não sou clássico nem romântico; de mim digo que não tenho seita nem partido em poesia (assim como em coisa nenhuma); e por isso me deixo ir por onde me levam minhas ideias boas ou más, e nem procuro converter as dos outros nem inverter as minhas nas deles: isso é para literatos de outra polpa, amigos de disputas e questões que eu aborreço.
Página 253 - Sanctas inspirações morrer sentindo Do coração no fundo, Sem achar no desterro uma harmonia De alma, que a minha entenda, Porque seguir, curvado ante a desgraça, Esta espinhosa senda...
Página 211 - Se ninguém o conhecia? Eu só. — E eu morto, eu descrido, Eu tive o arrojo atrevido De amar um anjo sem luz. Cravei-a eu nessa cruz Minha alma que renascia, Que toda em sua alma pus. E o meu ser se dividia, Porque ele outra alma não tinha, Outra alma senão a minha...
Página 211 - Como facho do Destino. Divino, eterno ! — e suave Ao mesmo tempo : mas grave E de tão fatal poder, Que, um só momento que a vi. Queimar toda alma senti... Nem ficou mais de meu ser, Senão a cinza em que ardi.
Página 104 - ... nol-os apontam, viciando-os quasi sempre. Symptoma terrivel da decadencia de uma nação é este; porque o é da decadencia da nacionalidade, a peor de todas; porque tal symptoma so apparece no corpo social quando este está a ponto de dissolver-se, ou quando um despotismo ferrenho poz os homens ao livel dos brutos. Desenterra a Allemanha do...
Página 233 - Porque, pois, não acompanharam estes versos os outros da primeira mocidade no caminho da fogueira? Porque publico um poema falho na mesmissima essencia da sua concepção? — Porque tenho a consciencia de que ahi ha poesia; e porque uão ha poeta, que, tendo essa consciencia, consinta de bom grado em deixar nas trevas o fructo das suas vigilias...

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