O Jardim litterario, Volume 1

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Imprensa Nacional, 1847
 

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Passagens conhecidas

Página 68 - E' a guerra aquella tempestade terrestre, que leva os campos, as casas, as villas, os castellos, as cidades e talvez em um momento sorve os reinos e monarchias inteiras. E' a guerra aquella calamidade composta de todas as calamidades, em que não ha mal algum, que ou se não padeça ou se não tema; nem bem que seja proprio...
Página 189 - D'onde até nascem os reis, D'onde nasce a humana raça ; E roto o grilhão que enlaça Entre si, sempre fiel, Na origem a humanidade, Em ti creou-se o annel Que. a nós prende a divindade. Trouxeste já parte delia Em teu nascer, singular, Fulgura em ti, qual no mar Á...
Página 86 - Depois que V. Ex.a fez ir de escantilhão para França o fanfarrão Junot, tendo-o posto em papos de aranha nos campos do Vimeiro; depois que V. Ex.a fez...
Página 27 - Omnium autem rerum, ex quibus aliquid acquiritur,' nihil est agricultura melius, nihil uberius, nihil dulcius, nihil homine libero dignius: de qua, quoniam in ' Catone Majore' satis multa diximus, illinc assumes, quae ad hune locum perlinebunt.
Página 68 - He a guerra aquella calamidade composta de todas as calamidades, em que não ha mal algum que, ou se não padeça, ou se não tema ; nem bem que seja próprio e seguro. O...
Página 103 - A memoria, sem jámais se esquecer, representa o aggravo; o intendimento pondera a offensa: a phantasia afêa a injuria; a vontade implora e impera a vingança. Salta o coração, bate o peito, mudam-se as cores...
Página 189 - Maria, tão bella, Casta pomba de Israel, Que da vida em mar de fel Brilhas, propicia estrella ; Que nas horas da procella, Como porto salvador, Estendes ceruleo manto, Que vela os seios á dor, Que aos olhos enxuga o pranto. Ave, Maria, formosa Assucena de Jessé ; Mais linda e pura não é A mais pura e linda rosa; Ave, Maria, és mimosa, Como alvorada sem véu ; És mais viva em teus fulgores, Que o vivo facho do céu, Que o rei da luz e das cores. Tu és dos anjos Rainha, LyriO branco de Judá...
Página 86 - ... e outras põe-se de conserva. Agora podemos dormir a somno solto; o nosso medo está nas malvas; a vinda do inimigo será dia de S. Nunca, á tarde. Por tanto só resta agradecer a v.
Página 190 - Do antigo, sel-o-has do novo? Oh! que sim, e só comtigo Ha-de o teu reino voltar Outra vez a campear, Livre do pó do jazigo ; Farás Portugal antigo A um leu aceno surgir, Que a um aceno teu, Senhora, Ha-de n'uma hora florir O triste reino d'agora.
Página 190 - Egreja o dizer; Quiz Portugal que assim fosse; N'esta crença tomou posse, Maria, em teu coração, Pois qual da luz vivem cores, E d'ar vive a creação, Vivem amores d'amores. Portugal quiz adorar-te Em toda a pompa do véu, Que envolve occulto no céu O mysterio de crear-te ; Fez a sciencia jurar-te, O mysterio jurar fez, Poz-Iho no peito e no labio, E do dogma portuguez Fez defensor cada sabio.

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