Poesias de Elpino Duriense [pseud.] ...

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Na impressão Regia, 1812
 

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Passagens conhecidas

Página 367 - Che studia i dogmi di Platon divino O folle e vana idea! D'Epicuro i precetti egli leggea.
Página 280 - Não huma, duas, tres, porem mil vezes; E ouvi as preces, que eu por vós só faço: Rogo ao Ceo, que depoisque vos eu deixe Finando estes meus dias já cançados, Passeis a doutas mãos, que vos estimem Como eu cá sempre vos prezei amigo; Que ainda hum dia o novo dono vosso, Quando vos registar, possa lembrar-se Do antigo dono, que tivestes; possa Meigo dizer-vos: vós, ó Livros, fostes Do Duriense Elpino Lusitano : Elpino vos amou mui ternamente, E eu vos amarei por vós, por elle.
Página 359 - D'ímproba gula eis movido o Lobo Motivo levantou de queixa, e disse: Porque estando eu bebendo, a agua me turbas? A lanígera rez repõe tremendo: Como posso fazer, te rogo, ó Lobo, O mal, de que te queixas?
Página 183 - Que dizes disto ? Como chamas a estes, meu Alexis, Que eu não acerto a dar-lhe hum nome proprio, Que bem quadre a tão rancidos guedelhas? Quando estas coisas desvairadas vejo, Dão-me engulhes de riso, ou já bocejos, Como arrepiques certos de graa fome. Favorino, Filosofo mui grave, A hum louco mancebo desta laia, Que por velhas palavras lhe fallava...
Página 279 - Plutarcho, Xenofonte, Que as virtudes moraes nos ensinastes. E sobretudo salve, ó Livro Eterno Das sublimes verdades, que benigno O Ceo por nosso bem mandou á terra, Farol luzente na carreira humana. Salve, vós outros todos das mais classes, De Nações varias, de diffrentes...
Página 230 - Calçando, cuida de se pôr mais prompto Que hum gamo na carreira: já com brio O vermelho Sampaio se apresenta N' um formoso ginete, bem montado, Qual leva o Delio Apollo com grão fausto Nas Pythonicas festas galopando: João n'uma bestinha mansa, e linda, Que inveja foi das Damas cavalleiras: O Conego no seu rocim, nascido Nos curtos dias do engelhado inverno: E eu, que sabes, sou como hum rabaça...
Página 172 - Que nao as deo debalde a Natureza: Na saude, que tenho; nos sentidos, De todo inda do tempo não gastados: No desejo constante, e alegre, e limpo De fazer, s'eu podesse, bem aos homens; De dar soccorro ao misero indigente; De prestar meu conselho, a quem mo pede; De ensinar o caminho áquelle, que erra: Ao pensar nestas coisas docemente Todo m' encho de mim, e mais do Nume, Que me deo o ser, e que meu ser conserva.
Página 92 - ... reparam: Bota-se o esp'rito; a mente se fatiga; O sangue coalha; o coração esfria; E assim a partes vai morrendo o homem. Antes que nós de todo nos mirremos, Façamos sacrifícios à virtude, Sacrifícios às musas: vem comigo Hoje jantar, e desfranzir a mente Dos rugosos cuidados, que a apoquentam: Vem tu co teu Bernardes doce e brando...
Página 168 - Ter numa casa minha só, não d'outrem; Não sumptuosa e grande, que se espantem; Mas nem pequena, em que eu respiro largo, Aonde tenho em camara risonho Leito, tambem só meu, não compartido, Sem cuidado de filhos, que me chorem, E sem sustos, que em torno de mim voem, E meu placido somno me quebrantem. Onde tenho a Banquinha, testemunha Fiel de meu pensar, de meus escritos, Que eu desejo, que suba aos astros, quando Finar meus dias, feita clara estrella: Aonde a boa fe, onde a verdade, Lizura,...
Página 68 - X. ois tens lido de Gregos, de Romanos, Poetas d'alta fama, e nome eterno, He tempo de passar aos nossos: certo , Que eu não sei d'outros das nações modernas, Que mais os bons antigos imitassem. Se les os nossos, nelles achas tudo: Rica linguagem, elegancia, estilo, Doce harmonia, sazonado gosto, Apurada moral, saber profundo, Sentimentos já ternos, já sublimes. Se tu queres ouvir em metro altivo Os sons divinos dos celestes Deoses, , O Cantor immortal do Gama, o sabio Cantor do...

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