Paladinos da linguagem, Volume 2

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Agostinho de Campos
Aillaud e Bertrand, 1922
 

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Passagens conhecidas

Página ii - ... forma material como a Antologia Portuguesa é apresentada, a torna verdadeiramente agradável e atraente e, por-tanto, de fácil vulgarização e largo proveito educativo : Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Instrução Pública, que seja louvada a Livraria...
Página 115 - Ah! se as marmóreas campas levantando, Saíssem dos sepulcros, onde jazem Suas honradas cinzas, os antigos Lusitanos varões, que, com a pena Ou com a espada e lança, a Pátria ornaram, Os novos idiotismos escutando, A mesclada dicção, bastardos termos, Com que enfeitar intentam seus escritos Estes ,novos, ridículos autores; (Como se a bela e fértil língua nossa...
Página ii - Ministério da Instrução Pública Secretaria G-eral Considerando que à excepção dalgumas raras jóias do património literário nacional, se não conhecem geralmente as obras primas da literatura portuguesa, muitas delas de difícil aquisição pela antiguidade ou raridade das suas edições; Atendendo a que a Antologia Portuguesa, organizada pelo escritor Agostinho de Campos e publicada pela Livraria Aillaud, procura...
Página 187 - Senão, dizei-me como podem os tempos deixar de ser muito bem enclinados, se eles sofrem tal quantidade de desvarios, como no mundo correm com o nome de poesias! E como deixariam os príncipes de ser agora mais liberais, se os poetas são tantos, que não há monarca no mundo que tenha hoje para poder dar um almoço cada ano aos poetas da sua freguesia! Quando se pagavam os versos a...
Página 152 - Muito me tarda o meu amigo na Guarda! Ay eu coitada, como vivo en gran desejo por meu amigo que tarda e não vejo! Muito me tarda o meu amigo na Guarda! D. SANCHO L (Apud Leite de Vasconcelos, TEXTOS ARCAICOS, 3.
Página 213 - ... cujas frases e cujas vozes se usam nas praças, o que não deixa de ser embaraço para a altiveza, que as palavras de que menos usamos soam bem e agradam em razão da novidade e por isso os retóricos lhe chamam peregrinas.
Página ii - Aillaud, procura obviar àqueles inconvenientes, oferecendo ao público uma colecção onde fique arquivada a produção literária de muitos dos bons prosadores e poetas nacionais de todos os tempos e escolas; », Atendendo ainda a que a forma material como a Antologia Portuguesa é apresentada, a torna verdadeiramente agradável e atraente e, portanto, de fácil vulgarização e largo proveito educativo: Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Instrução Pública, que seja louvada...
Página 157 - ... no comércio e na indústria; na lezíria, entre o gado; nos trigais e nos olivedos; nas festas pagãs das colheitas; nas feiras sempre turbulentas; no inverno ao calor do lume, no soalheiro estival e entre a dorna eo lagar no outono; sentimental pelo influxo da saudade, flor da raça. E...
Página 207 - Destes se acham, não dúzias, 2o mas centos. De não terem profundado a matéria, nascem todos os defeitos da Poesia, de que se acham infinitos na Espanha e também em Portugal. Geralmente entendem que o compor bem consiste em 25 dizer bem subtilezas, e inventar coisas que a ninguém ocorressem ; e com esta ideia produzem partos verdadeiramente monstruosos, e que eles mesmos, quando os examinam sem calor, desaprovam.
Página 164 - Pátria (como a Portugal tão bem chamou outro seu ilustre patrício) fala-nos o saudoso Afonso Arinos, em palavras que merecem sempre menção, no seu belo discurso de recepção na Academia Brasileira. Assim diz êle, no tom doce de quem se confessava penetrado por iguais sentimentos e dava igual amplitude ao seu exemplar patriotismo: «Eduardo queria que o Brasil fosse o santuário onde, dentro de menos de um século, os Lusíadas seriam guardados por cem milhões de Brasileiros; onde as tradições...

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