O Porto na berlinda: Memorias d'uma familia portuense

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Livraria Internacional de E. Chardron, 1894 - 281 páginas
 

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Passagens conhecidas

Página 239 - Eu me felicito a mim mesmo, por me ver no theatro da minha gloria, no meio dos meus amigos portuenses, d'aquelles a quem devo, pelos auxilios que me prestaram durante o memoravel sitio, o nome que adquiri, e que honrado deixarei em herança a meus filhos. Eu muito folgo de vos ver...
Página 148 - Desde pequeno que fui jacobino; já se vê: e de pequeno me custou caro. Levei bons puxões de orelhas de meu pai por comprar na feira de...
Página 216 - ... amarelo, liso ou de relevo; o telhado de beiral azul; as varandas azuis e douradas; os jardins cuja planta se descreve com termos geométricos e se mede a compasso e escala, adornados de estatuetas de louça, representando as quatro estações; portões de ferro, com o nome do proprietário ea era da edificação em letras também douradas; abunda a casa com janelas góticas e portas rectangulares, ea de...
Página 99 - AH havia a sem-cerimônia do chinelo de liga à mesa redonda; os colarinhos arregaçados deixavam arejar as pescoceiras rorejantes de suor, que se limpavam aos guardanapos; cada qual podia comer o arroz com a faca eo talharim com o garfo; a laranja era descascada à unha, e os caroços das azeitonas podiam ser cuspidos na mesa, bem como as esquírolas do pernil do porco desentaladas a palito das luras dos queixais.
Página 75 - ... armas de um combate ferocissimo, de que no fim só havia a lamentar o trabalho de limpar o cabello e lavar a cara, o que nem todos faziam n'esse mesmo dia.
Página 22 - Quer ter por leito final, Quer por leito das batalhas Este berço de muralhas Que fez livre Portugal, Onde a nossa liberdade Martyr, heroica nasceu, Pela sua a magestade Heroica e martyr morreu. Das glorias tuas, ô" Douro, Accrescentaste o lhesouro.
Página 166 - Santa. .Marche! d'ali á praia, onde reunidos, Sobre os altos rochedos, espantados, Eu vi muitos janotas, conhecidos, Entre mil...
Página 61 - Gula e luxúria dos Maneis! Têm nas orelhas grossas arrecadas, Nas mãos (com luvas) trinta moedas, em anéis, Ao pescoço serpentes de cordões, E sobre os seios entre cruzes, como espadas, Além dos seus, mais trinta corações! Vá! Georges, faze-te Manei! viola ao peito, Toca a bailar! Dá-lhes beijos, aperta-as contra o peito, Que hão de gostar!
Página 131 - Diniz, e tambem do Porto, d'onde os poetas, que lá não morrem como o rouxinol do amador da MENINA E MOÇA, alamse para outras montanhas como as cotovias quando ouvem crocitar o corvo na escarpa da serra.
Página 147 - Vivem ainda muitas ilustres matronas, que se pejam agora de contarem as ditosas horas da mocidade que passaram no peixe frito de Valbom e do Reimão. Os vinte anos volvidos de progresso, progresso de trevas em que caíram aquelas...

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