Paladinos da linguagem, Volume 3

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Agostinho de Campos
Aillaud e Bertrand, 1923

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Página 124 - ODE À LÍNGUA PORTUGUESA Língua minha, se agora a voz levanto, Pedindo à Musa que me inspire e ajude, Somente soe em teu louvor o canto, Inda que a lira seja fraca e rude ; E tudo quanto sinto na alma, e digo, Já que na alma não cabe, Contigo viva e acabe — só contigo. Língua minha dulcíssona e canora, Em que mel com aroma se mistura, Agora leda, lastimosa agora, Mas não isenta nunca de brandura; Língua em que o afeto santo influi e ensina E derrama e prepara A música mais rara — e...
Página 108 - ... nos filhos e na eternidade da história. E como, pois, dizer que a língua dessas almas e dessas energias, à qual (como dizia João de Barros) pertenciam a monarquia do mar eo tributo dos infiéis, não é mais digna do progresso e do presente?
Página ii - Ministério da Instrução Pública Secretaria. Geral Considerando que à excepção dalgumas raras jóias do património literário nacional, se não conhecem geralmente as obras primas da literatura portuguesa, muitas delas de difícil aquisição pela antiguidade ou raridade das suas edições; Atendendo a que a Antologia Portuguesa, organizada pelo escritor Agostinho de Campos e publicada pela Livraria...
Página 115 - ... tinha que sair principalmente do nosso fundo europeu. Julgo outra utopia pensarmos em que nos havemos de desenvolver literariamente no mesmo sentido que Portugal ou conjuntamente com ele em tudo que não depende do gênio da língua.
Página 250 - língua brasileira" seria aquele "surrão amplo, onde cabem à larga, desde que o inventaram para sossego dos que não sabem a sua língua, todas as escórias da preguiça, da ignorância e do mau gosto, rótulo americano daquilo que o grande escritor lusitano tratara por um nome angolês.
Página 44 - A língua é um instrumento de ideias que pode e deve ter uma fixidez relativa; nesse ponto tudo precisamos empenhar para secundar o esforço e acompanhar os trabalhos dos que se consagrarem em Portugal à pureza do nosso idioma, a conservar as formas genuínas características, lapidarias, da sua grande época...
Página 25 - Ego cur, acquirere pauca 55 si possum, invideor, cum lingua Catonis et Enni sermonem patrium ditaverit et nova rerum nomina protulerit? Licuit semperque licebit signatum praesente nota producere nomen.
Página ii - Aillaud, procura obviar àqueles inconvenientes, oferecendo ao público uma colecção onde fique arquivada a produção literária de muitos dos bons prosadores e poetas nacionais de todos os tempos e escolas; Atendendo ainda a que a forma material como a Antologia Portuguesa é apresentada, a torna verdadeiramente agradável e atraente e, por-tanto, de fácil vulgarização e largo proveito educativo : Manda o...
Página 115 - A raça portuguesa, entretanto, como raça pura, tem maior resistência e guarda assim melhor o seu idioma; para essa uniformidade de língua escrita devemos tender.
Página 4 - Eles abriram os olhos ao som de um lirismo pessoal, que, salvas as exceções, era a mais enervadora música possível, a mais trivial e chocha. A poesia subjetiva chegara efetivamente aos derradeiros limites da convenção, descera ao brinco pueril, a uma enfiada de coisas piegas e vulgares".

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