À Sombra da Casa Azul: Breve Itinerário de Vida

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INDEX ebooks, 09/03/2015 - 72 páginas
Quando vi Paulo pela primeira vez, na sua torre de marfim da rua Barão de São Borja, eu soube que seríamos amigos. Ele era a ousadia e a cultura refinada que esta cidade não assimilou, um dandy dos trópicos, o Gay Sunshine de uma Mauristaadt sodomita nos becos e repressora nas casas de família.
As lembranças que aqui são contadas não abarcam todas as ricas experiências de uma vida errante, algo de playboy e cigano irresponsável. Mas uma vida cheia de charme, of course. Tampouco traça um panorama linear do que foi a arte pernambucana nos anos 70 e 80 — anos em que Paulo, no Diário de Pernambuco, comentou, divulgou e ajudou artistas locais e de outros estados. À Sombra da Casa Azul surge como flashes, desabafo, o explícito de um sexo para sempre condenado ao profano.
Como amigo, pude vivenciar momentos difíceis de Paulo. Como admirador de sua personalidade e de sua poesia, pude, muitas vezes, sentir orgulho de poder estar perto de alguém tão sensível e culto. Por isso, é para mim difícil dar esse modesto depoimento sobre um conjunto que está entrelaçado num mesmo leitmotiv: vida-obra-dor-esperança.
À Sombra da Casa Azul, para nós que conhecemos intimamente a história de Paulo Azevedo Chaves, faz com que nos envergonhemos de participar de uma sociedade que pode guilhotinar talentos e promover embustes com a mesma desenvoltura de um Tartufo ou Paingloss.
- Raimundo de Moraes
 

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Acerca do autor (2015)

Advogado, jornalista e poeta, assinou no Diário de Pernambuco, nos anos 70/80, a coluna cultural Poliedro e, de meados dos anos 80 até 1993, a coluna Artes e Artistas, especializada em artes plásticas. 

Livros publicados: Versos Escolhidos (Ed. Pirata, 1982, traduções), Trinta Poemas e Dez Desenhos de Amor Viril (Pool Editorial Ltda., 1984, traduções), Nu Cotidiano (Grupo X, 1988, poesias), Os Ritos da Perversão (Ed. Comunicarte, 1991, poesias), Nus (Ed. Comunicarte, 1991, coletânea de poesias). Em 2003, participou de uma coletânea de artigos publicados na secção Opinião, do Jornal do Commercio, em edição patrocinada pelo próprio jornal com o título de Escritas Atemporais (Ed. Bagaço). Em 2011, lançou um livro de prosa, poesias e traduções com o título de Réquiem para Rodrigo N (Ed. Coqueiro). Em 2011-2012, lançou em edição digital, pelo site ISSUU, Poemas Homoeróticos Escolhidos (em parceria com Raimundo de Moraes), que foi reeditado pela INDEX ebooks em 2014, e Os Ritos da Perversão e Outros Poemas.

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