requerimento e havendo respeito aos muitos serviços e merecimentos do dito Conde seu pai e por folgar de lhe fazer mercê lhe confirmo e hei por confirmada a dita carta e hei por bem que se cumpra e guarde assi e da maneira que se nella contem pelo que mando ao Regedor da casa da supplicação ao Governador da casa do Porto e aos desembargadores das ditas casas e a todos os corregedores, ou vidores, juizes e justiças a que esta carta de confirmação per successão for apresentada, que ao dito Conde Dom Martinho Mascarenhas e seus descendentes por linha direita masculina conheçam e hajam por senhores das ditas Ilhas e lhas deixem ter e possuir de juro e herda de para sempre e usar de todo o sobredito e haver as rendas e direitos que nellas houver assi e da maneira que o dito Conde seu pai as teve e pessuiu na forma acima declarada e cumprão e fação inteiramente cumprir esta carta como se nella contem, que por firmeza de tudo lhe mandei passar por mim assignada e sellada com o men sello de chumbo pendente. Dada na cidade de Lixboa a tres de Janeiro, João Roiz a fez, anno do nacimento de nosso senhor Jhu Christo de mil e seis centos e oito (1608). E eu Vicente Ramos a fiz escrever. (com resalva do riscado e entre linha). (Arch. nac. da T. do T., Liv. XI. de Filippe II, f. 277.) Confirmação da carta anterior a D. Martinho de Mascarenhas; de 20 de Setembro de 1624. Dom Filippe etc. Faço saber aos que esta minha carta de confirmação virem que por parte do Conde de Santa Cruz Dom Martinho Mascarenhas me foi apresentada hua carta del Rei meu senhor e pai que santa gloria haja per elle assinada e passada pela chancellaria de que o trellado he o seguinte: (é a carta anterior). Pedindome o dito Conde de Santa Cruz Dom Martinho Mascarenhas que lhe confirmasse a dita carta e visto seu requerimento querendolhe fazer graça e mercè tenho por bem e lha confirmo e hei por confirmada e mando que se cumpra e guarde inteiramente assi e da maneira que nella se contem e por firmeza de todo lhe mandei dar esta carta per mim assignada e sellada do meu sello pendente. Dada na cidade de Lixboa a vinte dias do mes de setembro, Bento Jusarte a fez, anno do nascimento de nosso Senhor Jezus Christo de mil e seis centos e vinte e quatro. E eu Ruy Dias de Menezes a fiz escrever. (1) (Ach, nac, da T. do T.. Liv. XII. das Confirm. Ger. f. 24). (1) Esta carta tem á margem a seguinte verba:- Por virtude do Alvará passa Alvará de 15 de Junho de 1650, reformando outro, a favor de D. João de Mascarenhas. Eu El-Rei faço saber aos que este meu Alvará de reformação vi- . rem que por parte de Dom Joam Mascarenhas meu muito amado sobrinho e de sua mulher Dona Brites Mascarenhas me foi apresentado hum Alvará del Rei Dom Filippe de Castella, por elle assignado e passado pela chancellaria de que o treslado he o seguinte: Eu El-Rei faço saber aos que este meu Alvará de confirmação virem que por parte de Dom Martinho Mascarenhas, Conde de Santa Cruz me foi apresentado hum alvará del Rei meu senhor e pai que santa gloria haja por elle assignado de que o treslado he o seguinte: Eu El-Rei faço saber aos que este meu Alvará virem que havendo respeito aos merecimentos de Dom Francisco Mascarenhas Conde de Santa Cruz que Deos perdoe e a seus muitos e continuados serviços e a qualidade e importancia delles e a falecer servindo de presidente do Conselho da India me praz e hei por bem de fazer mercè a Dom Martinho Mascarenhas, Conde de Santa Cruz seu filho mais velho do titulo de Conde que tem em duas vidas mais e de lho tirar por hũa vez e a sua casa por duas fora da lei mental e dos officios de capitão mor dos ginetes e da minha guarda e assi da Commenda de Mendo Marques que elle ja tem para (um) filho per outra vida mais e que não tendo filho barão á hora da sua morte lhe succeda no titulo, casa, officios e commenda a pessoa que casar com sua filha, e para sua guarda e minha lembrança lhe mandei dar este meu alvará que a seu tempo se lhe cumprirá inteiramente como se nelle contem, o qual valerá como carta começada em meu nome por mim assinada, passada por minha chancellaria, posto que por ella uão passe e que o effeito della haja de durar mais de hum anno sem embargo das ordenações que o contrario dispoem. Luis Falcão o fez em Lixboa a quinze de novembro de mil e seis centos e nove. Christovão Soares o fez escre ver. Pedindome o dito Conde de Santa Cruz dom Martinho Mascarenhas que lhe confirmasse o dito Alvará e visto por mim seu requerimento querendolhe fazer graça e mercê tenho por bem e lho confirmo e hei por confirmado e mando que se cumpra e guarde inteiramente assi e da maneira que se nelle contem e este quero que valha tenha força e vigor, como se fosse carta feita em meu nome por mim do em 17 de Janeiro de 1759 que se acha no maço novo das ordens n.o 8 se riscou, averbou e trancou esta carta para que em nenhum tempo se podessa della extrahir copia alguma. Lisboa 20 de Março de 1759==Sylva=o trancamento fezse porem, como em todas as mais, por dois ligeiros traços cruzados. (Nota do Sr. J. I. de Brito Rebello.) assinada e sellada com o meu sello pendente, sem embargo da ordenação de 2.o Livro titulo 40 em contrario. Bento Jusarte o fez em Lisboa a dez de outubro de mil e seis centos e vinte e quatro. E eu Rui Dias de Menezes o fiz escrever. E pedindome o dito Dom Joam Mascarenhas por mercè que por quanto elle estava legitimamente casado com a dita dona Brites Mascarenhas, como manda a Santa Madre Igreja, filha unica que ficou per falecimento do Conde de Santa Cruz D. Martinho Mascarenhas, per cujo falecimento lhe pertence a successão das cousas conteudas no Alvará neste tresladado, por não ficar filho barão do dito Conde, sen sogro, houvesse por bem de lho reformar em meu nome, sem embargo de ser passado o tempo em que mandei que todos os Alvarás desta calidade se reformassem e visto por mim seu requerimento, por fazer graça e mercê ao dito Dom Joam Mascarenhas tenho por bem e lho reformo e hei por reformado em meu nome, visto não lhe competir esta mercè nem ter aução nella senão depois da morte do dito conde seu sogro e este Alvará mando que se lhe cumpra e guarde inteiramente como se nelle contem, como se fosse carta feita em meu nome per mim assignada e passada pela minha chancellaria sem embargo da ordenação em contrario e pagarà o novo direito se o dever. Trocato de Freitas Rebello o fez em Lixboa a quinze de Junho de mil e seis centos e cinquenta. Eu Damião Dias de Menezes o fiz escrever-Rey. (Arch. nac. da T. do T., Liv. XXI. das Doaç, de D. João IV, f. 264). REVISTA DOS FORTES DA TERCEIRA Revista que se fez por ordem do Ill.mo e Ex.mo Sr. Capitão General e Governador das Armas das Ilhas dos Açores, nos fortes e reductos que defendem a costa e marinha desta Ilha Terceira, do estado em que se acham, e de tudo o que precisam e da gente necessaria para a sua guarnição. Fortes que ficam ao nascente da cidade de Angra. 4.0-Forte da Laginha. Este forte carece a porta concertada e as suas muralhas precisam ser encascadas e rebuçadas e da parte do nascente precisa ser mociçada a sapata e guarnecida de cantaria. O seu quartel precisa a porta e a tarimba concertada. Tem quatro peças de ferro boas e os reparos de duas precisam ser concertados. Precisa para se guarnecer quatro artilheiros e dezeseis auxiliares. 2.o-Atalaya da Cruz da Esperança. Tem esta duas peças de ferro boas com os seus reparos capazes, precisa fazer-se-lhe a sua plataforma para ellas laborarem; precisa para se guarnecer dois artilheiros e oito auxiliares. 3.o-Forte de Santo Antonio de Porto Judeo. Precisa de porta nova, e a muralha principal que olha ao nascente, precisa ser feita de novo, porque se acha de pedra em secco, a qual he muito util para a sua defensa, tem tres peças de ferro capazes com os seus reparos bons e precisa mais hua, com o seu reparo. Precisa para se guarnecer quatro artilheiros e dezeseis auxiliares. 4.°-Forte dos Coelhos. Acha-se todo demolido e neste sitio estão cinco peças de ferro boas com os seus reparos capazes, postas sobre uns calhaus, precisa ser retificado e para se guarnecer precisa cinco artilheiros e vinte auxiliares. 5.o-Forte da Salga. Precisa a sua porta ser feita de novo e as muralhas encascadas e rebuçadas; tem seis peças de ferro boas com os seus reparos capazes. Precisa para se guarnecer seis artilheiros e vinte e quatro auxiliares. 6.o-Reducto da Salga. Tem 5 peças de ferro boas com os seus reparos capazes; preciza para se guarnecer cinco artilheiros e vinte auxiliares. 7.°-Forte dos Cavallos. Está retificado de novo, tem seis peças boas, com os seus reparos capazes e precisa mais duas peças com os seus reparos e para se guarnecer oito artilheiros e trinta e dois auxiliares. 8.°-Forte das Caninas. Está retificado de novo, tem cinco canhoneiras e quatro peças com os seus reparos, boa; precisa mais hu ma com o seu reparo e para se guarnecer precisa cinco artilheiros e vinte auxiliares. 9.°Forte da Greta. Está reformado de novo, tem seis canhoneiras, e quatro peças de ferro capazes com os seus reparos bons, precisa mais duas com os seus reparos e para se guarnecer precisa seis artilheiros e vinte e quatro auxiliares. 10.°-Forte de Santa Catharina. Foi todo feito de novo a fundamento, tem oito canhoneiras e cinco peças de ferro boas com os sens reparos capazes e precisa mais trez, com os seus reparos, e a sua plata forma precisa ser concertada e precisa para se guarnecer oito artilheiros e trinta e dois auxiliares. 11.° - Forte do bom Jesus. Foi reformado de novo, tem oito ca nhoneiras e quatro peças de ferro boas com os seus reparos capazes; precisa mais quatro peças com os seus reparos e para se guarnecer precisa oito artilheiros e trinta e dois auxiliares. 12.o-Forte do Pesqueiro dos meninos. Foi reformado de novo; tem quatro canhoneiras e quatro peças de ferro boas com seus reparos capazes e para se guarnecer precisa quatro artilheiros e dezeseis auxiliares. 13.o-Forte de S. Sebastião. Foi reformado de novo porem ja se acha com as suas muralhas todas abertas, por lhe faltar à rocha sobre que estava fundado, pela demolir o mar: tem seis peças de ferro capazes e não precisa mais do que cinco. O dito forte está incapaz de se uzar delle, pela sobredita ruina, precisa para se guarnecer cinco artilheiros e vinte auxiliares. 14.o-Primeiro reducto da Ribeira secca. Tem duas canhoneiras e huma peça de ferro boa com o seu reparo capaz: carece de mais huma peça com o seu reparo, e para se guarnecer precisa dois artilheiros e oito auxiliares. 15. Segundo reducto da Ribeira secca. Tem quatro canhoneiras e tres peças de ferro boas, com os seus reparos capazes, precisa mais huma com o seu reparo e para se guarnecer quatro artilheiros e dezeseis auxiliares. 16.°-Forte de São Francisco da Ribeira secca. Foi feito de novo a fundamento e falta-lhe a plataforma, tem seis canhoneiras e quatro A |