Suspiros poéticos, e, Saudades |
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Suspiros poeticos: e saudades Domingos José Gonçalves de Magalhães (Visconde de Araguaia) Visualização integral - 1836 |
Suspiros poeticos, e saudades Domingos José Gonçalves de Magalhães (Visconde de Araguaia) Visualização integral - 1836 |
Passagens conhecidas
Página 261 - Que furibundas se alçam, lutam, batem Contra o penedo, e como em pó recuam, E de novo no pleito se arremessam.» ' Eram poucos, é certo ; e contra os poucos Armadas as Nações aqui pugnavam ! Mas esses poucos vencedores foram Em lena, em Montmirail, em Austerlitz.
Página 260 - É cedo ainda!» A espada lhe gemia na bainha, E inquieto relinchava o audaz ginete, Que soía escutar o horror da guerra, E o fumo respirar de mil bombardas. Na pugna ' os esquadrões se encarniçavam ; Roncavam pelos ares os pelouros ; Mil vermelhos fuzis se emaranhavam ; Encruzadas espadas, e as baionetas, E as lanças faiscavam retinindo. Ele...
Página 261 - Grouchy, Grouchy, a nós, eia, ligeiro; O teu Imperador aqui te aguarda. Ah! não deixes teus bravos companheiros Contra a enchente lutar, que mal vencida Uma após outra em turbilhões se eleva, Como vagas do Oceano encapelado...
Página 263 - Macedonio outrora o Império Entre si repartiram vis escravos. Então um riso de ira, e de despeito Lhe salpica o semblante de piedade. O grito ainda inocente de seu filho Soa em seu coração, e de seus olhos A lágrima primeira se desliza.
Página 262 - Basta." Dia fatal, de opróbrio aos vencedores! Vergonha eterna à geração que insulta O Leão que magnânimo se entrega. Ei-lo sentado em cima do rochedo, Ouvindo o...
Página 51 - ... esbarra, Menos o homem, que atravessa airoso, Ahi o mortal corpo abandonando, Para no seio entrar da Eternidade; Assim o viajor o pó sacode, E deixa o companheiro de viagem Manto todo coberto de poeira, Quando á cidade desejada chega. A alma não morre, porque Deos não morre.
Página 11 - É um livro de poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora assentado entre as ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço; ora na gótica catedral, admirando a grandeza de Deus, e os prodígios do Cristianismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; ora enfim refletindo sobre a sorte da Pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida.
Página 259 - O infernal retintim do embate de armas, Os trovões dos canhões que ribombavam, O sibilo das balas que gemiam, O horror, a confusão, gritos, suspiros, Eram como uma orquestra a seus ouvidos! Nada o turbava! — Abóbadas de balas, Pelo inimigo aos centos disparadas, A seus pés se curvavam respeitosas, Quais submissos leões; e nem ousando Tocá-lo, ao seu ginete os pés lambiam.
Página 260 - Ou de ferro fundido estátua equestre, Que invisível poder mágico anima, Via seus batalhões cair feridos, Como muros de bronze, por cem raios; E no céu seu destino decifrava. Pela última vez co'a espada em punho, Rutilante na pugna se arremessa; Seu braço é tempestade, a espada é raio!
Página 21 - Oh Numes tão fagueiros, Que o berço me embalastes Com risos lisonjeiros, Assaz a infância minha fascinastes. Guardai os louros vossos, Guardai-os, sim, qu'eu hoje os renuncio.