Júlio Denis e a sua obra, Volume 2Casa Ventura Abrantes, 1924 |
No interior do livro
Resultados 1-5 de 37
Página 10
... daquela fraqueza , beijando a filha outra vez . » ( 1 ) Júlio Denis era inconscientemente arrastado a ferir , nas diversas passagens dos seus roman- ces , a nota da orfandade . Era um pretexto para desabafar , confiando aos seus ...
... daquela fraqueza , beijando a filha outra vez . » ( 1 ) Júlio Denis era inconscientemente arrastado a ferir , nas diversas passagens dos seus roman- ces , a nota da orfandade . Era um pretexto para desabafar , confiando aos seus ...
Página 11
... daquela índole simpática que aos afectos e branduras de mulher sabia com- binar a firmeza e energia quási varonis . « O morgado sentiu uma vaga consciência da sublimidade daquela scena , e ficou enleado . » > Tudo isto é humano e ...
... daquela índole simpática que aos afectos e branduras de mulher sabia com- binar a firmeza e energia quási varonis . « O morgado sentiu uma vaga consciência da sublimidade daquela scena , e ficou enleado . » > Tudo isto é humano e ...
Página 12
... daquela multidão desvairada . Se quiséssemos coligir tôdas as impressões que o romancista confiou às suas novelas , aos seus contos e aos seus romances sobre a orfan- dade , tôdas as sensações que nos comunica dêsse doloroso estado de ...
... daquela multidão desvairada . Se quiséssemos coligir tôdas as impressões que o romancista confiou às suas novelas , aos seus contos e aos seus romances sobre a orfan- dade , tôdas as sensações que nos comunica dêsse doloroso estado de ...
Página 40
... lá , com Vieira de Castro , a orquestra divina daquela natureza magnífica » . ( 1 ) J. C. Vieira de Castro , Camilo Castelo Branco , 2. ed . , Porto , 1862 , ¿ Porque não passou Júlio Denis da aprecia- çao do 40 EGAS MONIZ.
... lá , com Vieira de Castro , a orquestra divina daquela natureza magnífica » . ( 1 ) J. C. Vieira de Castro , Camilo Castelo Branco , 2. ed . , Porto , 1862 , ¿ Porque não passou Júlio Denis da aprecia- çao do 40 EGAS MONIZ.
Página 52
... daquela bondade que é a caracte- rística dominante do modo de ser psíquico de Júlio Denis . O que deixamos escrito demonstra bem que o romancista se autobiografou na personagem do protagonista do seu romance . Mas há mais provas a ...
... daquela bondade que é a caracte- rística dominante do modo de ser psíquico de Júlio Denis . O que deixamos escrito demonstra bem que o romancista se autobiografou na personagem do protagonista do seu romance . Mas há mais provas a ...
Outras edições - Ver tudo
Passagens conhecidas
Página 205 - E os lençóis! rico cheiro a linho! — Vá, dorme, que vens cansadinho. Não adormeças com a luz! E eu deitava-me, mudo e triste. ( — Reza também o Terço, ouviste?) Versos, bailando dentro em mim . . . Não tinha tempo de ir na sala, De novo: — Apaga a luz! — Que rala! Descansa, minha Avó, que sim! Ora, às ocultas, eu trazia No seio, um livro e lia, lia, Garrett da minha paixão.
Página 205 - E os teus estudos, tens-me andado? Tomara eu ver-te formado! Livre de Coimbra, minha flor! Mas vens tão magro, tão sumido ... Trazes tu no peito escondido, E que eu não saiba, algum amor? No entanto entrava no meu quarto: Tudo tão bom, tudo tão farto! Que leite aquele!
Página 18 - ... e em perenne confissão ; obra dos gordos missionarios, que deixam a outros o cuidado de desbravar a gentilidade das nossas possessões, para andar na tarefa mais cómmoda de tolher o trabalho ea actividade na casa do lavrador.
Página 186 - Voltae, que de novo serão florescentes As selvas, os prados, o monte, os vergeis ; Quietas as brizas, as aguas dormentes Nos lagos tranquillos de novo vereis. Só eu, que vos sigo com vistas saudosas Ao vosso desterro, dos mares além, Já quando no prado brotarem as rosas, Talvez não reviva, co'as rosas tambem.
Página 11 - É verdade! é verdade! Abaixo! abaixo! — São invenções dos pedreiros-livres! — Ê isso, é isso!... Pois não vêem que são de pedra! — Abaixo! abaixo! O sr. Joãozinho, arrojando de si o chicote, tirou um machado das mãos de um homem que lhe ficava próximo, e deu alguns passos para o túmulo. Madalena colocou-se diante dele. Já não estava pálida; tinha nas faces o rubor, nos olhos o lampejar da indignação.
Página 327 - ... evidente de formatura completa. A vizinhança toda afluiu curiosa às portas e às janelas para ver o facultativo novo e julgar dele pelas primeiras impressões. Era uma colecção de olhos arregalados e bocas abertas, a convidar o lápis de um artista. — Ainda é tão novinho! — dizia uma mulher. — Não sei o que me parece um cirurgião sem barba — observava um velho filosoficamente. — Parece um estrangeiro! — Lá bonito é ele — notava uma rapariga. — Olhem que boniteza! Um...
Página 18 - ... e sacristias ; com uma brava eloquencia, perigosa para quem não tiver o senso preciso para a achar ridícula, incutem-Ihes falsas doutrinas, desmentidas e condenadas em cada página do Evangelho, tão severo sempre contra fariseus e hipócritas. Numa localidade, não muito distante do Porto, ainda há pouco um desses apóstolos, que andam por aí reformando escandalosamente a moral dos povos, pregou do púlpito <quc a salvação de um homem casado era tão difícil, como o aparecimento de um...
Página 18 - Imbuindo o espírito das mulheres de preceitos de devoção absurda, afastam-nas do berço dos filhos, da cabeceira do marido enfermo, do lar doméstico, para as trazer ajoelhadas pelos confessionários e sacristias ; com uma brava eloquencia, perigosa para quem não tiver o senso preciso para a achar ridícula, incutem-Ihes falsas doutrinas, desmentidas e condenadas em cada página do Evangelho, tão severo sempre contra fariseus e hipócritas.
Página 343 - Gomo é sem piedade a juventude ! Como é cruel a idade dos amores! Desfolhamos as flores da virtude Como se fossem verdadeiras flores ! «Sopra-se ao coração, que a nós se entrega. A lavareda de violenta chama, E ao capricho cruel da paixão cega Sacrifica-se tudo quanto se ama. «E eu fi-la entrever em doce enleio Dum mundo novo as mal sonhadas scenas ; E senti-a corar e arfar-lhe o seio, E delirante suspirar apenas ! «Parti, jurando amá-la toda a vida.
Página 143 - De compaixão. Pobres, que amava tanto, Nunca, ao passar, Choram curvando a fronte Para rezar. Nunca, ao romper do dia, O lavrador Pára e lamenta a sorte Do bom reitor.