Júlio Denis e a sua obra, Volume 2Casa Ventura Abrantes, 1924 |
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... médico , deviam tortu- rá - lo êsses trágicos pesadelos , que contrastavam com as suas mais íntimas ambições . Foi como resultado de tudo isto que Júlio Denis se mostrou , talvez , um pouco leviano ' nos seus amores . Quere - nos ...
... médico , deviam tortu- rá - lo êsses trágicos pesadelos , que contrastavam com as suas mais íntimas ambições . Foi como resultado de tudo isto que Júlio Denis se mostrou , talvez , um pouco leviano ' nos seus amores . Quere - nos ...
Página 17
... médico . Não se pode , por isso , dizer que fôsse o vento agreste da sciência que fizesse estiolar os princípios reli- giosos em que fôra educado . Quer durante o seu período escolar , quer nos primeiros tempos que se lhe seguiram ...
... médico . Não se pode , por isso , dizer que fôsse o vento agreste da sciência que fizesse estiolar os princípios reli- giosos em que fôra educado . Quer durante o seu período escolar , quer nos primeiros tempos que se lhe seguiram ...
Página 44
... médico Jacob Granada , em Uma flor dentre o gélo , que é , para nós , uma das mais interessantes novelas da literatura por- tuguesa . Faltam - lhe muitas características . A sua ten- dência é para se mostrar um pouco como era ...
... médico Jacob Granada , em Uma flor dentre o gélo , que é , para nós , uma das mais interessantes novelas da literatura por- tuguesa . Faltam - lhe muitas características . A sua ten- dência é para se mostrar um pouco como era ...
Página 45
... terras pequenas - e apenas faremos esta citação e concluirão que Estêvão de Urzeiros é , com o pequeno disfarce da falta de pergaminhos escolares , o próprio Júlio Denis , condenado a ser médico de partido em JÚLIO DENIS E A SUA OBRA 45.
... terras pequenas - e apenas faremos esta citação e concluirão que Estêvão de Urzeiros é , com o pequeno disfarce da falta de pergaminhos escolares , o próprio Júlio Denis , condenado a ser médico de partido em JÚLIO DENIS E A SUA OBRA 45.
Página 46
Egas Moniz. Júlio Denis , condenado a ser médico de partido em terras de província . A irmã que o acompanha é alguém que o seguiu de perto na sua vida e a que nos refe riremos daqui a pouco . Mas falemos da Família inglesa . Nesse ...
Egas Moniz. Júlio Denis , condenado a ser médico de partido em terras de província . A irmã que o acompanha é alguém que o seguiu de perto na sua vida e a que nos refe riremos daqui a pouco . Mas falemos da Família inglesa . Nesse ...
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Passagens conhecidas
Página 205 - E os lençóis! rico cheiro a linho! — Vá, dorme, que vens cansadinho. Não adormeças com a luz! E eu deitava-me, mudo e triste. ( — Reza também o Terço, ouviste?) Versos, bailando dentro em mim . . . Não tinha tempo de ir na sala, De novo: — Apaga a luz! — Que rala! Descansa, minha Avó, que sim! Ora, às ocultas, eu trazia No seio, um livro e lia, lia, Garrett da minha paixão.
Página 205 - E os teus estudos, tens-me andado? Tomara eu ver-te formado! Livre de Coimbra, minha flor! Mas vens tão magro, tão sumido ... Trazes tu no peito escondido, E que eu não saiba, algum amor? No entanto entrava no meu quarto: Tudo tão bom, tudo tão farto! Que leite aquele!
Página 18 - ... e em perenne confissão ; obra dos gordos missionarios, que deixam a outros o cuidado de desbravar a gentilidade das nossas possessões, para andar na tarefa mais cómmoda de tolher o trabalho ea actividade na casa do lavrador.
Página 186 - Voltae, que de novo serão florescentes As selvas, os prados, o monte, os vergeis ; Quietas as brizas, as aguas dormentes Nos lagos tranquillos de novo vereis. Só eu, que vos sigo com vistas saudosas Ao vosso desterro, dos mares além, Já quando no prado brotarem as rosas, Talvez não reviva, co'as rosas tambem.
Página 11 - É verdade! é verdade! Abaixo! abaixo! — São invenções dos pedreiros-livres! — Ê isso, é isso!... Pois não vêem que são de pedra! — Abaixo! abaixo! O sr. Joãozinho, arrojando de si o chicote, tirou um machado das mãos de um homem que lhe ficava próximo, e deu alguns passos para o túmulo. Madalena colocou-se diante dele. Já não estava pálida; tinha nas faces o rubor, nos olhos o lampejar da indignação.
Página 327 - ... evidente de formatura completa. A vizinhança toda afluiu curiosa às portas e às janelas para ver o facultativo novo e julgar dele pelas primeiras impressões. Era uma colecção de olhos arregalados e bocas abertas, a convidar o lápis de um artista. — Ainda é tão novinho! — dizia uma mulher. — Não sei o que me parece um cirurgião sem barba — observava um velho filosoficamente. — Parece um estrangeiro! — Lá bonito é ele — notava uma rapariga. — Olhem que boniteza! Um...
Página 18 - ... e sacristias ; com uma brava eloquencia, perigosa para quem não tiver o senso preciso para a achar ridícula, incutem-Ihes falsas doutrinas, desmentidas e condenadas em cada página do Evangelho, tão severo sempre contra fariseus e hipócritas. Numa localidade, não muito distante do Porto, ainda há pouco um desses apóstolos, que andam por aí reformando escandalosamente a moral dos povos, pregou do púlpito <quc a salvação de um homem casado era tão difícil, como o aparecimento de um...
Página 18 - Imbuindo o espírito das mulheres de preceitos de devoção absurda, afastam-nas do berço dos filhos, da cabeceira do marido enfermo, do lar doméstico, para as trazer ajoelhadas pelos confessionários e sacristias ; com uma brava eloquencia, perigosa para quem não tiver o senso preciso para a achar ridícula, incutem-Ihes falsas doutrinas, desmentidas e condenadas em cada página do Evangelho, tão severo sempre contra fariseus e hipócritas.
Página 343 - Gomo é sem piedade a juventude ! Como é cruel a idade dos amores! Desfolhamos as flores da virtude Como se fossem verdadeiras flores ! «Sopra-se ao coração, que a nós se entrega. A lavareda de violenta chama, E ao capricho cruel da paixão cega Sacrifica-se tudo quanto se ama. «E eu fi-la entrever em doce enleio Dum mundo novo as mal sonhadas scenas ; E senti-a corar e arfar-lhe o seio, E delirante suspirar apenas ! «Parti, jurando amá-la toda a vida.
Página 143 - De compaixão. Pobres, que amava tanto, Nunca, ao passar, Choram curvando a fronte Para rezar. Nunca, ao romper do dia, O lavrador Pára e lamenta a sorte Do bom reitor.