Júlio Denis e a sua obra, Volume 2Casa Ventura Abrantes, 1924 |
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Página 15
... melhor companheira da sua adolescência , ou é a confissão verdadeira da sua maneira de sentir em matéria religiosa ? Em Dezembro de 1869 escreve a Custódio Passos estas palavras , que denunciam algumas hesitações do seu JÚLIO DENIS E A ...
... melhor companheira da sua adolescência , ou é a confissão verdadeira da sua maneira de sentir em matéria religiosa ? Em Dezembro de 1869 escreve a Custódio Passos estas palavras , que denunciam algumas hesitações do seu JÚLIO DENIS E A ...
Página 25
... melhor Do que o ouvido ali , na cadeira do templo , Pregava alto e bom som com seu sublime exemplo . Ora naquela noite , que parecia sem fim , Com fé ardente e pura , o velho orava assim : « Senhor , que , generoso , Tôdas as aves ...
... melhor Do que o ouvido ali , na cadeira do templo , Pregava alto e bom som com seu sublime exemplo . Ora naquela noite , que parecia sem fim , Com fé ardente e pura , o velho orava assim : « Senhor , que , generoso , Tôdas as aves ...
Página 41
... melhor vida . » > Esta frase mostra como Camilo penetrou a obra de Júlio Denis dando , num relance , dois dos seus mais in- teressantes aspectos , Pois não me mexi porque naturalmente não senti vontade de JÚLIO DENIS E A SUA OBRA 4I.
... melhor vida . » > Esta frase mostra como Camilo penetrou a obra de Júlio Denis dando , num relance , dois dos seus mais in- teressantes aspectos , Pois não me mexi porque naturalmente não senti vontade de JÚLIO DENIS E A SUA OBRA 4I.
Página 63
... foi esquecida , o teve sempre no pensamento como a melhor recordação do ( 1 ) Júlio Denis , Inéditos e Esparsos , ed . cit . , tom . II , pág . 117 . passado . Júlio Denis desvenda um pouco nes- sas palavras JÚLIO DENIS E A SUA OBRA 63.
... foi esquecida , o teve sempre no pensamento como a melhor recordação do ( 1 ) Júlio Denis , Inéditos e Esparsos , ed . cit . , tom . II , pág . 117 . passado . Júlio Denis desvenda um pouco nes- sas palavras JÚLIO DENIS E A SUA OBRA 63.
Página 64
... melhor romance , as Pupilas , aquele que mais viveu e em que mais completamente se integrou . Os hábitos de Júlio Denis , aos 20 anos , de- viam ser parecidos por certo um pouco mais exagerados com os que tinha aos 22 anos . E de 1861 a ...
... melhor romance , as Pupilas , aquele que mais viveu e em que mais completamente se integrou . Os hábitos de Júlio Denis , aos 20 anos , de- viam ser parecidos por certo um pouco mais exagerados com os que tinha aos 22 anos . E de 1861 a ...
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Passagens conhecidas
Página 205 - E os lençóis! rico cheiro a linho! — Vá, dorme, que vens cansadinho. Não adormeças com a luz! E eu deitava-me, mudo e triste. ( — Reza também o Terço, ouviste?) Versos, bailando dentro em mim . . . Não tinha tempo de ir na sala, De novo: — Apaga a luz! — Que rala! Descansa, minha Avó, que sim! Ora, às ocultas, eu trazia No seio, um livro e lia, lia, Garrett da minha paixão.
Página 205 - E os teus estudos, tens-me andado? Tomara eu ver-te formado! Livre de Coimbra, minha flor! Mas vens tão magro, tão sumido ... Trazes tu no peito escondido, E que eu não saiba, algum amor? No entanto entrava no meu quarto: Tudo tão bom, tudo tão farto! Que leite aquele!
Página 18 - ... e em perenne confissão ; obra dos gordos missionarios, que deixam a outros o cuidado de desbravar a gentilidade das nossas possessões, para andar na tarefa mais cómmoda de tolher o trabalho ea actividade na casa do lavrador.
Página 186 - Voltae, que de novo serão florescentes As selvas, os prados, o monte, os vergeis ; Quietas as brizas, as aguas dormentes Nos lagos tranquillos de novo vereis. Só eu, que vos sigo com vistas saudosas Ao vosso desterro, dos mares além, Já quando no prado brotarem as rosas, Talvez não reviva, co'as rosas tambem.
Página 11 - É verdade! é verdade! Abaixo! abaixo! — São invenções dos pedreiros-livres! — Ê isso, é isso!... Pois não vêem que são de pedra! — Abaixo! abaixo! O sr. Joãozinho, arrojando de si o chicote, tirou um machado das mãos de um homem que lhe ficava próximo, e deu alguns passos para o túmulo. Madalena colocou-se diante dele. Já não estava pálida; tinha nas faces o rubor, nos olhos o lampejar da indignação.
Página 327 - ... evidente de formatura completa. A vizinhança toda afluiu curiosa às portas e às janelas para ver o facultativo novo e julgar dele pelas primeiras impressões. Era uma colecção de olhos arregalados e bocas abertas, a convidar o lápis de um artista. — Ainda é tão novinho! — dizia uma mulher. — Não sei o que me parece um cirurgião sem barba — observava um velho filosoficamente. — Parece um estrangeiro! — Lá bonito é ele — notava uma rapariga. — Olhem que boniteza! Um...
Página 18 - ... e sacristias ; com uma brava eloquencia, perigosa para quem não tiver o senso preciso para a achar ridícula, incutem-Ihes falsas doutrinas, desmentidas e condenadas em cada página do Evangelho, tão severo sempre contra fariseus e hipócritas. Numa localidade, não muito distante do Porto, ainda há pouco um desses apóstolos, que andam por aí reformando escandalosamente a moral dos povos, pregou do púlpito <quc a salvação de um homem casado era tão difícil, como o aparecimento de um...
Página 18 - Imbuindo o espírito das mulheres de preceitos de devoção absurda, afastam-nas do berço dos filhos, da cabeceira do marido enfermo, do lar doméstico, para as trazer ajoelhadas pelos confessionários e sacristias ; com uma brava eloquencia, perigosa para quem não tiver o senso preciso para a achar ridícula, incutem-Ihes falsas doutrinas, desmentidas e condenadas em cada página do Evangelho, tão severo sempre contra fariseus e hipócritas.
Página 343 - Gomo é sem piedade a juventude ! Como é cruel a idade dos amores! Desfolhamos as flores da virtude Como se fossem verdadeiras flores ! «Sopra-se ao coração, que a nós se entrega. A lavareda de violenta chama, E ao capricho cruel da paixão cega Sacrifica-se tudo quanto se ama. «E eu fi-la entrever em doce enleio Dum mundo novo as mal sonhadas scenas ; E senti-a corar e arfar-lhe o seio, E delirante suspirar apenas ! «Parti, jurando amá-la toda a vida.
Página 143 - De compaixão. Pobres, que amava tanto, Nunca, ao passar, Choram curvando a fronte Para rezar. Nunca, ao romper do dia, O lavrador Pára e lamenta a sorte Do bom reitor.