Pantheon maranhense: ensaios biographicos dos maranhenses illustres já fallecidos, Volume 3

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Imprensa nacional, 1874
 

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Passagens conhecidas

Página 444 - Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma, reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento que me vem de improviso, e as ideias que em mim desperta a vista de uma paisagem ou do oceano — o aspecto enfim da natureza.
Página 291 - Ou pó sutil de pérolas desfeitas. Era a hora gentil, filha de amores. Era o nascer do sol, libando as meigas, Risonhas faces da luzente aurora! Era o canto eo perfume, a luz ea vida, Uma só coisa e muitas, — melhor face Da sempre vária e bela natureza: Um quadro antigo, que já vimos todos, Que todos com prazer vemos de novo.
Página 466 - E a corrente passava; novas águas Após as outras vão; E a flor sempre a dizer curva na fonte: "Ai, não me deixes, não!" E das águas que fogem incessantes À eterna sucessão Dizia sempre a flor, e sempre embalde: "Ai, não me deixes, não!
Página 284 - Como os sons do boré, soa o meu canto Sagrado ao rudo povo americano: Quem quer que a natureza estima e preza E gosta ouvir as empoladas vagas Bater gemendo as cavas penedias, E o negro bosque sussurrando ao longe -- Escute-me. — Cantor modesto e humilde, A fronte não cingi de mirto e louro, Antes de verde...
Página 21 - Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá.
Página 290 - E as ledas aves à porfia trinam, E a verde coma dos frondosos cedros Move o perfume, que embalsama os ares; Quando a corrente meio...
Página 424 - Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, De vivo luzir, São meigos infantes, gentis, engraçados Brincando a sorrir.
Página 292 - Os máximos do globo: anos da infância Contavas tu por séculos! que vida Não fora a tua na sazão das flores! Que majestosos frutos, na velhice, Não deras tu, filha melhor do Eterno, América infeliz, já tão ditosa Antes que o mar e os ventos não trouxessem A nós o ferro e os cascavéis da Europa?!
Página 454 - Que é feito dessa jihalange ardente, ambiciosa de uma gloria pura, que principiava a exercitar-se nas lides do entendimento ! De tudo isso, de toda essa mocidade brilhante e esperançosa que resta ? Algum crente solitário, que deplora em silencio a queda de tantos archanjos. Os outros sacerdotes, apostatando da religião das...
Página 20 - Interpôs-se entre nós! — Ao ver nublado Um céu d'inverno e as árvores sem folhas, De neve as altas serras branqueadas, E entre esta natureza fria e morta, A espaços derramados pelos vales, Triste oliveira, ou fúnebre cipreste, O coração se me apertou no peito.

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